Polícia encontra restos mortais de vítima de feminicídio após operação em Paranã e Dueré (TO)

Nesta quarta-feira (26), a Polícia Civil do Tocantins localizou os restos mortais de Rosilene Duarte da Silva, vítima de feminicídio ocorrido em janeiro de 2017. A ação, realizada nas cidades de Paranã e Dueré, também resultou na apreensão de armas de fogo e munições, além da prisão de dois homens, um deles acusado de ser o autor do crime.

A operação foi coordenada pela 3ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Gurupi, com o objetivo de cumprir dois mandados de prisão contra M.P.S., de 49 anos, já condenado a 17 anos e cinco meses de prisão pelos crimes de feminicídio, ocultação de cadáver e descumprimento de medidas protetivas. O outro objetivo era localizar o corpo da vítima, que estaria enterrado em uma área de mata na zona rural de Dueré.

Durante a ação, os policiais encontraram M.P.S. em uma fazenda na zona rural de Paranã. No local, foram apreendidas uma espingarda calibre 22, 54 munições de calibre 380, um carregador, um revólver calibre 32 e dez munições do mesmo calibre. M.P.S. assumiu a posse das armas e foi autuado em flagrante por posse irregular de arma de fogo.

Em continuidade às buscas, os agentes encontraram outra espingarda calibre 22 e 70 munições, que pertenciam a O.A.V., de 36 anos. Ele também foi preso em flagrante por posse irregular de arma de fogo, mas pagou fiança e responderá ao processo em liberdade. Uma terceira espingarda e uma pistola calibre 380, entregue posteriormente na delegacia de Paranã, também foram apreendidas.

Após a prisão, M.P.S. indicou o local onde havia enterrado o corpo de Rosilene em 2017. A ossada foi encontrada em uma área de mata em Dueré e encaminhada ao Núcleo de Medicina Legal de Gurupi para identificação. Uma equipe do Núcleo de Perícia Científica realizou os procedimentos necessários no local.

M.P.S. foi encaminhado à Unidade Regional Penal de Gurupi para iniciar o cumprimento da pena. O delegado José Júnior, chefe da DHPP, destacou a importância da operação: “Conseguimos não apenas prender o acusado, mas também localizar os restos mortais da vítima. Agora, aguardamos a confirmação da identificação para que a família possa realizar um enterro digno”.

O caso chocou a região de Gurupi em 2017, quando M.P.S., após matar Rosilene, tentou enganar a família enviando mensagens de texto se passando pela vítima. A operação contou com o apoio da 7ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Gurupi, da 8ª Divisão Especializada de Combate ao Crime Organizado (DEIC) e da 8ª Delegacia Regional de Dianópolis.