Dois casos em Arraias (TO); TO, SP, MG e RR estão em alerta para febre amarela
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Neste mês de fevereiro, o Ministério da Saúde emitiu um alerta sobre febre amarela, para os estados do Tocantins, São Paulo, Minas Gerais e Roraima.
A nota técnica encaminhada às secretarias de saúde recomenda a intensificação das ações de vigilância e imunização nas áreas consideradas de risco.
Em Palmas, no ano passado, a doença foi confirmada em dois macacos na zona rural da cidade. E neste ano, há dois casos em investigação em Arraias, na região sudeste do Tocantins, sendo um em humano e outro em macaco.
É importante ressaltar que os macacos não transmitem a doença, mas são indicativos para a presença do vírus nas regiões.
A infecção acontece por meio de mosquitos silvestres, que vivem em zona de mata e não habitam o ambiente urbano.
Em caso de sintomas como febre, dor de cabeça, dores no corpo, náuseas ou vômitos, é importante buscar atendimento médico e informar sobre a possível exposição a áreas de risco.
O que é a febre amarela ?
A febre amarela é causada por um vírus, do gênero flavivírus, transmitido por mosquitos pertencentes às espécies Aedes (principalmente Aedes aegypti, responsável também por transmitir a Zika, a Dengue e a chikungunya) e Haemogogus. As diferentes espécies de mosquitos vivem em diferentes habitats, o que determina três tipos de ciclos de transmissão:
Febre amarela silvestre (ou selvática): nas florestas tropicais, os macacos, que são o principal reservatório da febre amarela, são picados por mosquitos selvagens que passam o vírus para outros macacos. Ocasionalmente, os seres humanos que trabalham ou que viajam para a floresta são picados por mosquitos infectados e desenvolvem a doença.
Febre amarela intermediária: neste tipo de transmissão, os mosquitos semidomésticos (aqueles que se reproduzem tanto na natureza quanto em torno das famílias) infectam tanto macacos quanto pessoas. Este é o tipo mais comum de surto na África.
Geralmente, quem contrai o vírus não chega a apresentar sintomas ou os mesmos são muito fracos. As primeiras manifestações da doença são repentinas: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias.
Sintomas
A forma mais grave da doença é rara (só uma pequena proporção de pacientes que contraem o vírus desenvolve sintomas graves) e costuma aparecer após um breve período de bem-estar (até dois dias). A pessoa infectada pode apresentar insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço, sintomas que podem resultar em morte num período de sete a 10 dias.
A maioria dos infectados se recupera bem e adquire imunização permanente contra o vírus, o que quer dizer que, depois de se recuperarem, não são mais suscetíveis à doença.
Febre amarela urbana: grandes epidemias ocorrem quando pessoas infectadas introduzem o vírus em áreas densamente povoadas com grande presença de mosquitos e onde a maioria das pessoas tem pouca ou nenhuma imunidade devido à falta de vacinação.
Uma pessoa não transmite a doença diretamente para outra; o macaco também não transmite a doença. É imprescindível a presença de mosquitos infectados agindo como vetores para que haja transmissão.