Após exposição, Caiado divulga parceria para modernizar as rodoviárias de Alvorada, Alto Paraíso, Campos Belos, Iaciara, São Domingos e Posse (GO)

No início deste mês de outubro este Blog publicou um vídeo com a indignação de uma mulher com as péssimas condições da rodoviária intermundial de Campos Belos (GO), nordeste do estado.

O local está abandonado.

A prefeitura diz que a administração e o dever de cuidado e zelo não é dela, mesmo recebendo cerca de R$ 4 mil de taxas de embarque.

A prefeitura fugiu da responsabilidade e jogou nas costas do Governador Ronaldo Caiado, ou seja, do governo estadual.

Leia: Nojeira da rodoviária de Campos Belos (GO) deixa usuárias de ônibus indignadas

Por outro lado, o governo do estado, que de fato deveria cuidar das rodoviária em todo o estado, não cumpre o seu papel e o que se vê em quase todas as cidades do interior são rodoviárias caindo aos pedaços e sem qualquer tipo de zelo, asseio e cuidado, especialmente na região mais pobre de Goiás, que é a região Nordeste.

Depois da repercussão da publicação, o Governo de Goiás divulgou o resultado da seleção de um estudo que visa à concessão e à implementação de uma Parceria Público-Privada (PPP) para 38 terminais rodoviários estaduais de passageiros.

Entre eles, estão os dos municípios de Alvorada do Norte, Alto Paraíso de Goiás, Campos Belos, Iaciara, São Domingos e Posse.

A seleção é realizada por meio da Secretaria-Geral de Governo (SGG), Companhia de Investimentos e Parcerias do Estado de Goiás (Goiás Parcerias) e Agência Goiana de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos (AGR).

O foco, diz o Governo, foi identificar as melhores soluções para atribuir à iniciativa privada as responsabilidades de reforma, modernização, conservação, operação e gestão dos terminais. Uma equipe do Governo de Goiás irá revisar e adequar os documentos para preparação de edital de concorrência pública para levar o projeto às fases de consulta e audiências públicas. 

O estudo selecionado foi apresentado pela Garín Infraestrutura Assessoria e Participações Ltda., em parceria com Moysés & Pires Sociedade de Advogados e Graf Infra Consulting.

Dos 38 terminais incluídos, 16 pertencem ao bloco de Concessão Comum, com prazo de 35 anos e investimento de R$ 7,3 milhões nos primeiros dois anos. Os demais formam o bloco de Parceria Público-Privada e também têm um prazo de 35 anos, com investimento privado de R$ 13,2 milhões e contrapartida mensal máxima, por parte do Estado, de R$ 292 mil.

A principal diferença entre os modelos é que na concessão comum a empresa privada depende essencialmente das tarifas pagas pelos usuários. 

Já nas PPPs, o Estado irá contribuir com o pagamento de contraprestação mensal devido a necessidade de fazer mais investimentos nesses espaços públicos.

Para o secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, as soluções devem garantir a modernização dos terminais rodoviários. 

“Infelizmente, hoje muitos desses terminais estão em condições precárias e necessitam de investimentos regulares para atender satisfatoriamente aos passageiros. A Parceria Público-Privada é a alternativa mais viável, pois gera economia e trará retorno aos cofres do Estado”, pontua.

O diretor-presidente da Goiás Parcerias, Diego Soares, destaca os benefícios para a administração pública com o projeto. “Ao definirmos as melhores soluções com os parceiros privados, visamos à geração de receita para o Estado, redução de gastos públicos e, principalmente, à melhoria na qualidade dos serviços aos passageiros, com a adoção de tecnologias e práticas inovadoras”, pontua.

CONCESSÃO COMUM

Bloco 1: Abadiânia, Aparecida de  Goiânia, Barro Alto, Campos Belos, Itapaci, Jaraguá, Pirenópolis e Quirinópolis.
Bloco 2: Aragarças, Britânia, Corumbá de Goiás, Goianésia, Itajá, Ouvidor, Posse e Rubiataba.

PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA

Alexânia, Alto Paraíso de Goiás, Alvorada do Norte, Corumbaíba, Goiás, Iaciara, Ipameri, Itaberaí, Itapuranga, Morrinhos (Terminal e Sub Terminal), Niquelândia, Paraúna, Piracanjuba, Pires do Rio, Pontalina, Sanclerlândia, São Domingos, Serranópolis, Silvânia, Uruaçu, Vianópolis.

Agora é esperar e ver quando isso vai sair do papel, porque os usuários e cidadãos não aguentam mais tanta nojeira, falta de cuidado e de respeito.