Moradores repudiam projeto que busca transformar Alto Paraíso de Goiás em Capital dos OVNIs

Os moradores de Alto Paraíso de Goiás têm manifestado repúdio a um projeto de lei que busca transformar a cidade na “Capital dos Alienígenas”.

Em comunicado, eles expressaram que a proposta não reflete a verdadeira identidade cultural e turística da região, além de não atender às necessidades reais da comunidade local.

A cidade, conhecida por sua consciência socioambiental, é habitada por ecologistas, agricultores familiares, agroecologistas e outros grupos que trabalham pela preservação do Cerrado e das águas da Chapada dos Veadeiros.

Os residentes afirmam que a ideia de tornar Alto Paraíso a “capital dos OVNIs” é alienante e desconectada das demandas urgentes da região.

Ainda, enfrentam sérios problemas ambientais, como desmatamento, incêndios florestais, e escassez hídrica agravada pela exploração do agronegócio e da mineração.

Além disso, a cidade carece de infraestrutura básica, como saneamento, gestão de resíduos, e serviços essenciais de educação e saúde, o que torna o projeto ainda mais inadequado.

Os moradores também apontam que a proposta ignora os desafios impostos pela crise climática, com secas frequentes e a redução das águas dos córregos e rios.

Em vez de buscar um título que não corresponde à realidade local, os moradores pedem que os poderes públicos foquem em políticas que atendam às necessidades socioambientais e à proteção do ecossistema, que são essenciais para a qualidade de vida das gerações futuras.

A comunidade solicita que os deputados George Morais (PDT) e Issy Quinan (MDB) desistam do projeto, reafirmando que Alto Paraíso deve ser reconhecida por seu compromisso com a sustentabilidade e a preservação do Cerrado, não por uma identidade fictícia e desconectada das lutas e prioridades da população.

Procurada, a prefeitura de Alto Paraíso de Goiás disse que não tem ciência do texto porque é uma PL do Poder Executivo, sendo assim não é de conhecimento do prefeito Marcus Rincon.

A reportagem também procurou a Câmara Municipal e os deputados citados no manifesto, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto.