Moradores de Campos Belos (GO) reclamam de paralisação de obras de esgoto
Moradores da Rua Diomidio Crispim, no bairro Novo Horizonte, em Campos Belos (GO), nordeste do estado, estão muito chateados com a prefeitura local e com o Governo do estado.
Dois problemas minam a paciência de muitas famílias.
O primeiro deles é quanto à rede de esgotamento sanitário.
O governo foi ao local, cavou canaletas, instalou canos para escoar o esgoto, no entanto, passado mais de três anos, a rede não está funcionando.
Os dejetos humanos das casas ainda são lançados em fossas residenciais.
A explicação é que a obra não foi terminada e a ligação dessa nova rede de esgoto não foi feita junto à rede principal.
Resultado: a comunidade não tem acesso ao serviço, mesmo após alto investimento público.
A prefeitura de Campos Belos foi procurada e informou que aguarda novas emendas parlamentares para que se possa concluir as obras do esgoto do Novo Horizonte.
Enquanto isso, a comunidade amarga com a falta de um serviço tão essencial como é o esgotamento sanitário.
Outra mágoa dos moradores é quanto à pavimentação do local.
“Olha a quantidade de pó e poeira em nossa rua”, reclamou uma das moradoras.
Ela disse que muitas ruas vizinhas foram asfaltadas, mas a “Diomidio Crispim” nada. “Só poeira e as crianças ficando doentes. Saem um dia do hospital e voltam no outro. É muito lamentável”, diz ela.
Importância das Redes de Esgoto
A rede de esgoto é fundamental para a saúde pública, prevenindo a disseminação de doenças e contaminação de águas superficiais e subterrâneas.
Sistemas adequados de esgotamento sanitário ajudam a melhorar a qualidade de vida das populações, reduzindo a incidência de doenças como diarreia, hepatite e parasitoses, que são comuns em áreas com saneamento precário.
Dados da Rede Sanitária do Brasil e de Goiás
No Brasil, cerca de 83% da população têm acesso à rede de água tratada, mas apenas 53% estão conectados à rede de esgoto, segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS).
No estado de Goiás, a situação é um pouco melhor em comparação à média nacional, mas ainda há muito a ser feito.
Aproximadamente 60% da população goiana tem acesso à rede de esgoto, o que significa que uma grande parcela ainda depende de soluções alternativas, como fossas sépticas, que nem sempre são adequadas ou seguras.