Primeira-dama e prefeito de Posse (GO) são acusados de invadir rádio ao vivo

Carolina Chaves Valente Bonfim, primeira-dama da cidade de Posse, na região nordeste de Goiás, são acusados de invadir, na terça-feira (12), os estúdios de uma rádio, juntamente com o prefeito do município, Hélder Bonfim (UB).

Segundo testemunhas, para agredir e ameaçar o radialista Ivon José Valente, após o comunicador relatar sobre a falta do pagamento do piso salarial das categorias de Enfermagem e Educação.

O radialista também é político e adversário político do prefeito.

“Eles não gostaram quando a gente falou sobre o caso. Chegaram desacatando, me xingaram. Foi um bate-boca feio. Ameaçaram de agressão. A primeira-dama veio para cima de mim, mas me mantive tranquilo. Por pouco não fui agredido”, contou ao Goiás Notícia.

No momento da confusão, a rádio estava no intervalo da programação. Outros dois locutores presenciaram a invasão do prefeito e da primeira-dama.

“Eu fiz a crítica na área política, não ataquei ninguém, apenas relatei o que os vereadores estavam falando na tribuna da Câmara Municipal na segunda-feira (11)”, argumentou Ivon, que já foi diretor na UEG.

“Como educador, achei pertinente falar da importância da educação para a sociedade, e o prefeito, como médico, devia defender a educação. Eu falei: Dinheiro para outras coisas, tem. Mas para a educação não tem. Para assessores, comissionados, sempre têm recursos, abre-se uma brecha”.

Ivon detalhou que Carolina Bonfim e Hélder Bonfim chegaram empurrando com violência a porta do estúdio, e que a mulher tentou dar um tapa em seu rosto. O programa foi encerrado após o ataque. O radialista contou que tomará precauções em relação à segurança no local.

As gravações e vídeos da confusão serão analisadas pela Polícia Civil (PC).

Histórico de invasão

Em outubro de 2022, a primeira-dama Carolina Chaves Valente Bonfim, juntamente com sua mãe, invadiram a Câmara Municipal de Posse em busca de vídeos de uma CPI, que apurava sobre supostos contratos fraudulentos da prefeitura. Após ter seu pedido negado, Carolina teria agredido verbalmente e intimidado uma servidora do Legislativo.

Fonte texto: Goiás Notícias