Deputada Claudia Lelis cobra fiscalização ambiental no Rio de Areia em Dianópolis (TO)
A deputada estadual Claudia Lelis (PV) apresentou em regime de urgência, nesta terça-feira (2), requerimento ao Governo do Estado para fiscalização da situação do Rio de Areia, afluente do Rio Tocantins, no município de Dianópolis, região sudeste, que está com água barrenta e mau cheiro.
“Solicito que o Naturatins e demais órgãos de fiscalização encaminhe a está Casa de Leis, e ao comissão de meio ambiente e turismo, um relatório mostrando quais são as providenciais que estão sendo tomadas mediante a situação que a população da região denunciou.
A imprensa mostrou imagens que mostram a situação do atrativo turístico e isso precisa ser investigado com rigor e urgência, e os culpados quando identificamos, punidos no rigor da Lei”, afirmou Claudia Lelis.
Rio de Areia
O Rio de Areia, afluente do rio Tocantins, localizado no município de Dianópolis (TO), é marcado por várias cachoeiras, dentre elas se destaca a da orquídea, que fica a 4 km do centro da cidade, sendo bastante procurada pelos turistas, pela sua água cristalina.
De acordo com moradores da região, a situação a cerda de um ano, quando a água que era cristalina passou a ser barrenta e com cheiro ruim.
“ A cachoeira da Orquídea, importante atrativo turístico da região está interditada, pois o rio não tem condições de banho, a água não serve mais para o consumo humano, trazendo prejuízos para o turismo da região e para população ribeirinha.
Essa situação é inaceitável e os órgãos ambientais precisam identificar o que está acontecendo” , cobrou Lélis.
Poluição
A Cachoeira das Orquídeas, localizada no município de Dianópolis, na região das Serras Gerais, tinha águas cristalinas e atraía turistas de todo o Brasil. Há um ano, a situação mudou. Ela foi tomada por uma água barrenta e com cheiro forte. A cachoeira precisou ser desativada.
“Acabou o turismo. No início, as pessoas até ainda estavam vindo, mas a gente explicava para eles, chegava e explicava sobre a questão da água”, disse a chacareira Josemaria Almeida.
A cachoeira faz parte do rio de Areia, considerado uma fonte de água limpa para os ribeirinhos. A dona Rosineide Rodrigues usava a água do rio para beber. Depois do problema, ela passou a andar quilômetros para encher os galões na casa de vizinhos. A chacareira coloca os galões em um carrinho de mão e anda por um bom tempo até chegar em casa.
“A gente depende dela para tudo, água é vida e sem água nós não temos como sobreviver”, enfatiza ela.
problema desestimula e entristece os moradores. “A água vem suja, bem barrenta, vem uma lama fedida”, destacou a chacareira Josirene Cavalcante.
Moradores levaram o caso para o Ministério Público do Tocantins que, em nota, informou que abriu um procedimento para apurar a situação.
“Aqui, está prejudicado desde o chacareiro que empreende no turismo, o comerciante, o sertanejo, as pessoas primitivas que dependem do rio e os ribeirinhos. Tudo acabou nesse rio, porque apareceu da noite para o dia uma enchente de lama que ninguém sabe explicar. Se ocorreu uma ação humana, que se localize o responsável”, cobrou o chacareiro Guilherme Quidute.
O Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), órgão de fiscalização estadual, disse que fez um sobrevoo no local e multou uma propriedade em mais de R$ 1 milhão por desmatar em áreas de preservação ambiental.