Terrorismo: bolsonaristas tentaram incendiar posto de combustível em Brasília

Nesta terça-feira (13), o Blog teve acesso a imagens do circuito interno de segurança de um posto de combustível, localizado no Setor Hoteleiro Norte de Brasília.

O postinho, como é conhecido, fica bem próximo à sede da Polícia Federal e à 5ª Delegacia de Polícia Civil do Distrito Federal, ambos os órgãos de segurança pública atacados por uma horda de bolsonaristas, na última segunda-feira (12), numa noite infernal na capital federal, que acabou com ônibus e carros destruídos e incendiados.

E por pouco a tragédia não foi maior.

As cenas

Um grupo de criminosos, logo após o ataque à sede da PF, chegou ao postinho com o intuito de incendiar o local.

Quem deu a informação ao Blog foi um frentista do posto, que pode ser considerado um herói.

Ele conta que o grupo, composto por homens e mulheres e vestindo roupas verdes e amarelas, muitos deles encapuzados, chegou ao posto.

Um dos homens, armado com uma faca, exigiu do frentista as chaves das bombas.

A intenção era extrair combustível, incendiar os carros que estavam no local e também as bombas, o que seria uma tragédia.

Ao lado do posto, há diversos edifícios hotéis, dois shoppings e diversos restaurantes, todos lotados.

Os criminosos só não conseguiram o intento porque o frentista, num descuido da turba, jogou fora as chaves das bombas e eles não tiveram acesso ao combustível.

Mesmo sem as chaves, tentaram de diversos modos a extração do produto.

Como se pode observar no vídeo, é exatamente 21h15 minutos quando começa o corre-corre.

Os frentistas ficam desesperados com a chegada da turba e começam a bater cabeça, sem saber o que fazer.

Após jogar as chaves das bombas, os frentistas se refugiam próximo ao espaço da troca de óleo do posto.

Chateado por não ter acesso às chaves, um dos terroristas começa a destruir as bombas a pedradas.

Outro tenta arrancar a mangueira de uma das bombas.

Simultaneamente, as imagens mostram uma mulher com uma bandeira do Brasil sobre os ombros, à direita do vídeo.

Ela pega um recipiente de água, chamado de “bicudo”, derrama o líquido e entrega a um homem, já fora do enquadramento das câmeras.

Dois outros homens empurram e derrubam os balcões que acondicionam óleo para motores

Os frentistas desparecem do local.

Já com o “bicudo” em mãos, dois homens, um deles com camisa amarela e bandeira do Brasil enrolada no pescoço, vão às bombas de combustível e tentam, em vão, encher o recipiente com gasolina.

Do outro lado, um terceiro homem também tenta extrair combustível.

Um carro é incendiado a pouquíssimos metros das bombas.

A fumaça toma conta do local e os homens fogem.

Por pouco o Brasil não é palco de uma tragédia sem precedentes. Ninguém foi preso.