Tecnologia agrícola do oeste baiano desperta interesse de outras regiões do país


Com vocação agrícola reconhecida nacional e internacionalmente, o oeste da Bahia tem se destacado na produção de grãos e fibra, tanto em quantidade quanto em qualidade, e possui uma pecuária de alto padrão. 


Isso se deve não apenas à aptidão natural da região, mas também aos altos investimentos em pesquisa e tecnologia dentro de campo. Com fazendas cada vez mais tecnificadas, munidas de equipamentos de últimas geração, o oeste baiano tem despertado interesse em de vários órgãos e entidades ligadas ao setor.

Recentemente, uma comitiva da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e de federações de Agricultura e Pecuária desembarcou na região para visitar algumas propriedades rurais em Barreiras e Luís Eduardo Magalhães, que são referências em inovação tecnológica. 


O objetivo foi o de conhecer o aparato tecnológico, que vai desde maquinários até softwares e sistemas inteligentes de irrigação, a fim de implantar em outras regiões os modelos que deram certo no oeste baiano, aumentando a produtividade e a rentabilidade do agricultor e do pecuarista.

A delegação, comandada pelos presidentes da CNA, João Martins, e da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb), Humberto Miranda, conheceu unidades de produção de algodão, grãos e fazendas destinadas à pecuária de corte. 


O grupo viu de perto experiências bem-sucedidas que transformaram o cenário social, ambiental e econômico da região, por meio da agropecuária sustentável, que gera empregos, garante a segurança alimentar da população e ainda cuida do meio ambiente.

A primeira parada foi em Barreiras, na Fazenda Ipê, conhecida pela produção sustentável de pecuária de corte, com a criação das raças de gado Nelore e Angus, onde são realizadas todas as etapas, desde a inseminação até a comercialização.

Em Luís Eduardo Magalhães, foram visitadas quatro propriedades rurais: Captar Agrobusiness, que atua no confinamento de animais; Oilema (produção de sementes); Orquídea Schmidt Agrícola (grãos e algodão) e Ubahia (algodão).

O grupo foi recepcionado pelo presidente da Aiba, Celestino Zanella, e pelo vice-presidente, Moisés Schmidt, além de outros representantes da cadeia produtiva do oeste baiano. 


Além da visita técnica, o encontro rendeu boas discussões sobre temas relevantes para o setor, que é responsável por 23% da economia do estado. Só no primeiro semestre de 2019, a agricultura contribuiu sozinha com R$ 33 bilhões para o PIB da Bahia.

Aceleradora de startups

A preocupação dos produtores do oeste baiano com a inovação tecnológica levou um grupo de investidores locais e de outras partes do Brasil a instalar em Luís Eduardo Magalhães, neste segundo semestre, a primeira aceleradora de startups região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) voltada exclusivamente para o agronegócio. 


É Cyklo Agritech Aceleradora de Projetos e Startups, um investimento de cerca de R$ 5 milhões.

Instalada em uma área de 722 metros quadrados no centro do município, a Cyklo deve iniciar as atividades de aceleração de startups em janeiro. A previsão é que os primeiros projetos sejam concluídos em setembro.

“A aceleração e desenvolvimento de startups são fundamentais para o Brasil alavancar suas áreas econômica e social rumo à inovação científica e tecnológica, especialmente em Luís Eduardo Magalhães, onde o agronegócio já está consolidado”, disse o CEO da Cyklo, Pompeo Scola, dias antes da inauguração do empreendimento, ocorrida em 21 de setembro.

Da redação, com AIBA

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