Ex-presidente da Caixa é alvo de denúncias de assédio moral: ‘todo mundo tomar no c.’
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Após ser alvo de denúncias sobre assédio sexual, o ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, também é acusado de assédio moral contra funcionários da estatal. Os novos casos foram revelados pelo portal Metrópoles.
Entre os relatos, feitos de forma anônima, funcionários contam que Pedro Guimarães ofendia os subordinados: quando era contrariado, dizia que todos tinham que “se f.” e mandava “todo mundo tomar no c.”.
“Caguei para a opinião de vocês, porque eu que mando. Não estou perguntando. Isso aqui não é uma democracia, é a minha decisão”, disse Guimarães durante uma reunião. As falas do ex-presidente da Caixa foram gravadas e reveladas pelo portal Metrópoles.
Pimenta na comida
Os funcionários da estatal relatam também que Pedro Guimarães colocava pimenta na comida das pessoas, especialmente em jantares durantes viagens de trabalho. O ex-presidente da Caixa colocava pimenta nos pratos de subordinados e os obrigava a comer até o fim.
“Quanto mais você chora e passa mal, mais ele ri. Ele é bem sádico. Em toda refeição de trabalho com ele tinha pimenta no prato de alguém”, revelou a funcionária.
Arroubos de raiva
Pedro Guimarães, descrevem os funcionários, também tinha arroubos de raiva. Em um desses momentos, chegou a socar uma televisão, danificar computadores e jogou um celular corporativo na parede, na frente de funcionários.
Investigações e saída da Caixa
Pedro Guimarães é investigado pelo Ministério Público Federal pelas acusações de assédio sexual. Funcionárias relatam convides inapropriados e toques não permitidos nos corpos delas.
Os casos foram revelados pelo Metrópoles na última terça-feira (28) e, no fim do dia 29, Guimarães deixou o comando da Caixa Econômica Federal.
Em uma carta, Pedro Guimarães classificou as acusações como “injustas”. “
A partir de uma avalanche de notícias e informações equivocadas, minha esposa, meus dois filhos, meu casamento de 18 anos e eu fomos atingidos por diversas acusações feitas antes que se possa contrapor um mínimo de argumentos de defesa. É uma situação cruel, injusta, desigual e que será corrigida na hora certa com a força da verdade”, declarou em nota.