Suspeito de desviar R$ 2 mi de igreja, bispo celebra missas no DF
Mesmo com a orientação do Vaticano de se manter afastado de qualquer função na Igreja Católica, o bispo José Ronaldo Ribeiro continua a celebrar missas.
Em dezembro, o suspeito pelo maior desfalque da história da Diocese do município goiano, distante 80 km de Brasília, ocupou o altar na paróquia de Sobradinho por mais de duas horas.
Carta de renúncia
Em 12 de novembro de 2018, tragado pelas denúncias de corrupção na Diocese de Formosa, dom José Ronaldo pediu renúncia ao papa Francisco, que foi aceita pela maior autoridade da Igreja Católica.
Em depoimento ao MPGO, pessoas que trabalharam no setor administrativo da Catedral de Formosa denunciaram aumento expressivo de gastos na casa episcopal. Na gestão dele, o dispêndio mensal saltou de R$ 5 mil para R$ 35 mil.
Testemunhas também delataram que o bispo abrigava diversos “hóspedes” indesejados.
Um deles, Wellington Floro, 27, foi detido sob acusação de estuprar uma criança de 11 anos em Caldas Novas (GO).
Antes de ser ordenado bispo em Formosa (GO), dom José Ronaldo ficou de 2007 a 2014 como bispo em Janaúba, município mineiro com 30 mil habitantes.
No documento, católicos leigos definiram o bispo como “uma pessoa ausente e distante da comunidade”.
Os fiéis organizaram um abaixo-assinado com 19 mil assinaturas para tirar o religioso da diocese, pois o consideravam um “mau pastor”.