Possível acidente com espingarda mata criança em fazenda de Cavalcante (GO)
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Uma criança de 11 anos morreu após receber um disparo de uma espingarda, numa fazenda localizada na zonal rural de Cavalcante, nordeste de Goiás.
O caso ocorreu no último dia 20.
Segundo o Boletim de Ocorrência, militares da PM foram acionados para o hospital de Minaçu, norte de Goiás, para averiguar a situação de disparo de arma.
No hospital de Minaçu, os militares encontraram os pais da vítima em estado de choque e a criança, identificada como Pedro Henrique de Oliveira Lacerda, nascida em janeiro de 2009, sendo reanimada pela equipe médica de plantão.
Ele foi atingido aparentemente na altura do peito, barriga e braços.
Mesmo após a intervenção dos médicos, Pedro Henrique não resistiu aos graves ferimentos e morreu.
Uma testemunha afirmou às autoridades que é vizinho da propriedade onde ocorreu o fato, Fazenda Santa Filomena, município de Cavalcante (GO).
Ele contou que foi solicitado um apoio de seu vizinho para levar a vítima ao hospital e que quando chegou na propriedade estavam no local apenas a vítima e seu irmão, um adolescente de 14 anos.
O translado da criança ferida da fazenda até o hospital de Minaçu demorou cerca de uma hora.
O pai das crianças disse não saber da procedência da arma de fogo, “e que pode ser de algum funcionário de sua propriedade”.
O Conselho Tutelar de Minaçu foi acionado e acompanha o caso, dando assistência ao menor, qualificado como autor do fato. As autoridades policiais registraram a ocorrência como disparo de arma de fogo e homicídio.
A delegacia de Cavalcante (GO) investiga o caso.
“A gente foi pego por uma notícia trágica. Provavelmente, pelo que a gente apurou, em um descuido entre dois irmãos, acho que em uma brincadeira, houve esse disparo de arma de fogo em que o menor foi a óbito”, disse o delegado George Aguiar Muniz, responsável pelo caso.
O delegado disse que já solicitou o laudo cadavérico e que está tentando localizar testemunhas do caso. Ele destacou também que ainda não sabe qual o tipo da arma nem se ela está regularizada, o que o investigador não acredita.
“Pelo que a gente vê na prática policial, principalmente na zona rural, é muito comum as pessoas terem arma de fabricação artesanal, para caçar, se defender de animais silvestres. Trabalho com a hipótese de que essa arma não seja legalizada”, pontua.