Mais de 1600 famílias afetadas no nordeste de Goiás por causa das chuvas

As fortes chuvas que atingiram a região nordeste de Goiás, na última semana de dezembro, levaram 15 municípios à situação de emergência.

Segundo os Bombeiros, cerca de nove rodovias e pontes foram danificadas, além de residências. A Defesa Civil estima que aproximadamente 1670 famílias tenham sido afetadas de alguma forma, seja por estarem isoladas ou terem tido casas danificadas, por exemplo.

Não há registro de pessoas desaparecidas. Uma criança morreu em Guarani de Goiás.

Os Bombeiros entregam cestas básicas e água potável em locais de difícil acesso, com ajuda de helicóptero e veículos. Por exemplo, na manhã desta quarta-feira (5), na região da GO-118 que está interditada, militares transportaram cestas básicas a pé, pela parte da via que não foi levada pela água. Mais da metade desmoronou. Os militares também prestam atendimento pré-hospitalar.

Ontem, tiveram duas ocorrências. Um homem com suspeita de fratura no membro superior e uma idosa que teve um mal súbito”, conta o tenente Wheslley, que está no posto de comando, em Teresina de Goiás.

Flores de Goiás decretou situação de emergência dia 28 de dezembro. Na cidade, 80% da população vive em zona rural, cerca de 2.500 famílias, segundo a prefeitura.

Só na comunidade tradicional quilombola Canabrava, cerca de 40 famílias estão isoladas. Isso porque a água arrancou o encabeçamento das pontes do rio Bonifácio, segundo o prefeito de Flores de Goiás, Altran Lopes Avelar. O município é cercado de cursos d’água que vem enchendo com as fortes chuvas.

“É o caso do Piripiri, Macacão, Macaquinho e vários córregos também. As estradas estão intransitáveis. Alaga tudo e não tem mais acesso”, conta o prefeito.

Segundo ele, o município conta com apoio dos bombeiros por telefone e ainda não recebeu doação de cestas básicas. Flores de Goiás fica próximo do Rio Paranã. Segundo o prefeito, comunidades ribeirinhas tiveram casas totalmente submersas, muitas buscam abrigo em casas de parentes.

“A barragem do rio Paranã também está muito cheia. Não tem risco, mas tem um volume muito grande de água, então a gente está sempre monitorando. Hoje o rio subiu 17 cm, ontem mais de 60 cm”, afirma

O município, com maioria da população rural, registrou perda de 400 hectares de cultivo de arroz, com prejuízo estimado de R$ 10 milhões.

Estiagem deve demorar

Segundo o gerente do Centro de Informações Meteorológicas (Cimehgo), André Amorim, uma estiagem significativa não é prevista para a região pelo menos até o dia 15.

Ainda pode haver pancadas de chuvas de 30 a 40 mm, mas a tendência é que as precipitações sejam mais leves nos próximos dias.

“As chuvas continuam, mas em menor volume. O problema é que, como choveu muito na última quinzena de dezembro, qualquer chuva, mesmo que pouca, já atrapalha e faz prorrogar os prejuízos. A lama ainda deve permanecer”, detalha.

Ações de emergência

Nesse sentido, o governo do estado, por meio da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), afirmou que R$ 80 milhões serão investidos na região afetada pelas chuvas.

O governo fechou quatro contratos com empresas para obras, por exemplo, de recuperação de rodovias, bueiros, encabeçamentos de pontes.

Nesta terça-feira (4), o governador Ronaldo Caiado informou que o trecho da GO-118, em Alto Paraíso, deve estar liberado até sexta-feira (7). Há dez dias, equipe trabalha para recuperar o trecho.

Ainda nesta terça-feira, Caiado afirmou em rede social que “Goiás tem direito aos recursos da Medida Provisória que destina R$ 700 milhões às regiões afetadas pelas chuvas”. O governador disse que sinalizou a senadores e deputados pedido de ajuda para conseguir parte dos recursos da MP.

Fonte: Diário do Estado

————————————————————————————

Você gostou do Nosso Blog? Siga-nos nas redes sociais e receba todas as notícias

Instagram

Facebook

Grupo do Whatsapp

Grupo no Telegram

Deixe um comentário