Selvageria: rapaz é laçado pelo pescoço e arrastado a cavalo em Alto Paraíso de Goiás
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As cenas são chocantes.
Um rapaz foi laçado pelo pescoço e por diversos minutos foi arrastado a cavalo e depois a pé, em meio a um lamaçal, após um evento de cavalgada organizado em Alto Paraíso de Goiás, no nordeste do estado, região da Chapada dos Veadeiros.
O episódio ocorreu no último sábado (18), dentro da fazenda do prefeito da cidade, Marcus Adilson Rinco.
Diversas pessoas procuraram o Blog para denunciar a selvageria, bem parecida com cenas de pessoas escravizadas e arrastadas por seus algozes no período da segreção negra no Brasil.
Apesar do Blog não ter tido acesso, uma testemunha confirmou que há um vídeo que mostra o homem sendo arrastado por um cavalo.
Não menos bárbaros, dois outros vídeos mostram o jovem amarrado pelo pelo pescoço e pela cintura, em meio à lama e ao barro, sendo derrubado e puxado por um homem de camisa verde, aos gritos e à algazarra da plateia que assistia ao crime, como se fosse uma partida de futebol.
No segundo vídeo, a vítima, já desvencilhada de seu algoz, mas ainda com a corda pela cintura, cambaleia, meio que atordoada e consegue fugir barranco acima, em meio aos gritos da multidão.
Nesse ínterim, ele parece pedir ajuda a uma pessoa que está sobre o barranco e é novamente agredido.
Ao final de tudo, a vítima precisou ser levada ao Hospital Municipal de Alto Paraíso.
Apesar das terríveis e lamentáveis cenas terem ocorrido dentro da fazenda do prefeito, testemunhas contaram que ele não teve qualquer envolvimento com o episódio.
A cavalgada, sem nenhum cunho religioso, teria sido organizada por um comerciante de bebidas muito conhecido na comunidade.
O Blog teve acesso ao nome do agressor, mas vai deixar de divulgá-lo em virtude da dificuldade em confirmar a sua real identidade.
O Blog também pediu esclarecimentos e uma Nota do Gabinete do prefeito, mas até o momento desta edição não tinha sido remetida.
Há necessidade de uma apuração rigorosa por parte da Delegacia de Polícia Civil de Alto Paraíso, para este caso que é um nítido crime de tortura. Pior, assistido e aplaudido por uma multidão.