Deu na ” Revista Veja”: Governador usou máquina do estado para investigar suposta infidelidade

Os eleitores do Tocantins não têm tido muito sucesso em escolher seus governantes.

Desde 2006 nenhum dos eleitos conseguiu concluir o mandato.

O último a entrar nessa lista foi Mauro Carlesse. No mês passado, o governador foi afastado por decisão do Superior Tribunal de Justiça, depois que a Polícia Federal descobriu que ele estava envolvido em múltiplas falcatruas.

Carlesse foi apontado como chefe de uma quadrilha que desviou 44 milhões de reais dos cofres do estado. Em plena pandemia, os hospitais autorizados a atender o plano de saúde dos funcionários do estado eram instados a pagar propina.

A negociação dos porcentuais era feita diretamente com o governador e o dinheiro arrecadado, usado, entre outros fins, para aumentar o já enorme patrimônio de sua família — nada que os tocantinenses já não tivessem testemunhado em administrações passadas. Dessa vez, porém, o nível das tramoias se superou.

VEJA teve acesso à íntegra do inquérito que levou ao afastamento do governador por 180 dias. Além das evidências mais do que contundentes de corrupção, a PF apurou que Carlesse usava o aparato estatal para outros fins.

No terreno político, investigava e perseguia adversários. Foram colhidos indícios de que o governador estava por trás de uma investigação ilegal que foi feita contra o deputado Vicentinho Júnior (PL-TO).

Mas foi na seara pessoal que Carlesse surpreendeu, ao colocar a polícia no rastro de um caso de traição envolvendo a primeira-dama, Fernanda Carlesse, 35 anos.

A história começou em junho do ano passado, quando o promotor de eventos de rodeio Ernandes Araújo procurou os federais para pedir ajuda.

Leia a íntegra da Reportagem da Revista Veja

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