Juíza condena grupo que integra organização criminosa que roubou banco em Cavalcante (GO) e em mais 6 cidades no interior de Goiás
As investigações mostraram que o grupo participou do roubo à agência do Banco do Brasil de Mara Rosa. Eles cumprirão a pena em regime fechado, sem direito de recorrer em liberdade.
Segundo as investigações, o grupo participou de vários roubos a bancos e a carros-fortes em Goiás, especialmente no interior. No entanto, de acordo com a magistrada, os outros feitos ainda não estão prontos para julgamento.
Consta dos autos que o bando criminoso arquitetou e executou o roubo a uma carga de explosivos na Mineradora Anglo American, na cidade de Barro Alto, no dia 9 de outubro de 2015, e, a partir daí, de posse dos explosivos subtraídos, mediante o mesmo modus operandi (invasão da cidade interiorana, com fuzis, uso de explosivos e reféns) atuou diretamente no roubo a banco em Santana do Araguaia, no Pará, em 4 de novembro de 2015.
Eles teriam atuado também no roubo a banco em Nova Crixás, em 6 de novembro de 2015; no roubo a banco (Banco do Brasil e Banco Bradesco) e latrocínio em São Miguel do Araguaia, no dia 13 de janeiro de 2016;
Em virtude das ações do bando criminoso terem apresentado semelhanças, tanto em virtude do mesmo modus operandi empregado, como da violência e alto poder de destruição e de intimação da população, tanto que foi denominada de “Novo Cangaço”, foi realizada, no âmbito do Estado de Goiás, uma investigação única e conjunta por parte do Grupo Antirroubo a Banco GAB da Polícia Cívil, com o apoio das unidades policiais do GRAER e do COD da Polícia Militar goiana.
As similitudes inicialmente verificadas foram que os ataques às cidades interioranas sempre ocorriam no período noturno; os integrantes do bando realizavam grande quantidade de disparos de armas de fogo de grosso calibre, como fuzis e escopetas, com motoqueiros rondando as cidades, atirando como forma de sitiá-las e intimidar a polícia, com tiros efetuados nos quartéis e em prédios públicos e, ainda, usavam roupas camufladas de mangas longas, luvas, coturnos e balaclavas e subtraíam veículos com carrocerias para utilizá-los na fuga.
O grupo criminoso ainda fazia reféns nas proximidades das instituições financeiras, os quais eram utilizados como escudo humano, bem assim eram obrigados a ajudar os criminosos a quebrarem as vidraças dos bancos, a recolherem o dinheiro após a explosão, eram levados na fuga e deixados na saída da cidade, além de que as ações visavam a explosão do cofre central da agência bancária, com explosivos e cordéis detonantes roubados na cidade goiana de Barro Alto, na mineradora Anglo American e, em seguida, o bando ateava fogo nos veículos utilizados na fuga.
Depois de uma série de roubos e explosões a agências bancárias no interior de Goiás, do latrocínio consumado da jovem Vivianny Costa Ferreira, em São Miguel do Araguaia, no dia 13 de janeiro de 2016, e da explosão a um carro-forte em Campinaçu, em 10 de novembro de 2016, finalmente foi possível a prisão em flagrante de alguns integrantes do bando, quais sejam; Hugo Sérgio Borges, Lucas Alcântara Santos de Souza, Azenilton José da Costa e Rafael Marcelo de Souza, bem como a prisão cautelar (temporária) de Wilbon Desiderio de Sousa e Welles Desiderio de Sousa, bem como a prisão preventiva de Daniel Xavier da Silva.
“As penas foram agravadas porque o grupo criminoso difundiu medo e terror aos moradores da região Norte do Estado de Goiás, máxima porque o bando agia disposto a matar, tanto que ceifou a vida de uma jovem servidora pública na ação de São Miguel do Araguaia.
Fonte: Centro de Comunicação Social do TJGO