Agressão de PMs contra advogado, que intercedeu por morador de rua: Caiado diz que houve excesso e vai agir

O governador Ronaldo Caiado comentou hoje sobre o caso da agressão ao advogado por militares da PMGO.

“Em primeiro lugar, todo procedimento tem um protocolo. Nós não aceitaremos nada que extrapole os protocolos que são muito bem definidos, tanto pela nossa Polícia Militar, e pela nossa Polícia Civil.

Pessoas que extrapolam aquelas determinações da polícia, vocês sabem que nós não admitimos.

E a Polícia Militar já tomou as providências necessárias, para poder não só abrir averiguação sobre aquele caso específico, como qualquer outro que venha a acontecer.

Ninguém aqui aceita quem quer seja extrapolar os seus limites, é pra isso que nós seguimos protocolos, e a Polícia Militar de Goiás é reconhecida como uma polícia referência nacional.

Esses excessos eles não serão admitidos de maneira alguma, nem pelo governador, nem pelo comando da PM, nem pelo secretário de segurança pública”, disse o governador.

Pergunta: O Senhor reconhece então que aquele grupo específico se excedeu?

“Não tenho dúvida, isso está nítido ali, tanto é que o nosso comandante da PM já tomou as atitudes”.

Como foi o caso?

O advogado Orcélio Ferreira Silvério Júnior foi agredido por policiais do Grupamento de Intervenção Rápida Ostensiva (Giro) – braço do Batalhão de Choque da Polícia Militar de Goiás – , na tarde desta quarta-feira (21/7), nas imediações do terminal Praça da Bíblia, região leste da capital goiana.

Vídeos mostram que o jurista levou uma série de tapas, socos e foi arrastado pelo chão, mesmo estando algemado com as mãos para trás, após tentar interceder por um homem em situação de rua, que também foi agredido pelos agentes.

Nas imagens é possível ver que o advogado foi segurado pelos demais policiais, no chão, enquanto um deles desferia os golpes. Populares gritaram e tentaram impedir as agressões contra os homens, no entanto, sem sucesso. O pai do advogado, que aparece de camiseta branca no vídeo, se desespera com a situação.

Tudo começou depois que os policiais agrediram um homem em situação de rua, que também é flanelinha na galeria situada em frente ao terminal de ônibus. O rapaz foi puxado de dentro da galeria para a calçada, onde foi agredido. Informações iniciais dão conta de que ele já seria desafeto de um dos policiais e estava sendo ameaçado pelos agentes.

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