Com hospital estadual em reforma, pacientes ficam sem leitos e são atendidos do lado de fora do prédio em Arraias (TO)
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Pacientes que procuram atendimento no Hospital Regional de Arraias, no sudeste do Tocantins, precisam ficar em cadeiras expostas ao sol ou debaixo de chuva.
É que a unidade, que atendia vários municípios da região, está passando por reforma e o prédio não pode mais receber e tratar pacientes.
Enquanto isso, pessoas em estado grave, incluindo as que foram diagnosticadas com Covid-19, precisam ser levadas rapidamente para outros hospitais do estado.
O professor Oscar Alves Neto levou um amigo da família, que testou positivo para o coronavírus, até a unidade, mas ele não conseguiu fazer o raio-x solicitado pelo médico.
Isso porque as salas de atendimento estão em obras. Um vídeo feito no local mostra um ponto de triagem montado do lado de fora, ao lado de pacientes.
Sem conseguir os exames para saber como está a evolução da doença, o professor levou o paciente até Campos Belos (GO). Além de pagar pelo raio-x eles tiveram que comprar todos os medicamentos, que não estão sendo disponibilizados no hospital.
O morador voltou à unidade neste sábado (5) e se deparou com a mesma situação. Uma ambulância usada para transferir pacientes estava estacionada na frente do hospital.
“Isso é muito mais do que falta de empatia. Um descaso total. As pessoas sendo atendidas do lado de fora, com sol ou chuva a pessoa fica lá fora. Nem uma tenda foi colocada. E quem precisa desse atendimento são as pessoas mais humildes. Quem tem condição sai logo da cidade”, disse.
Oscar acrescentou: “Bom dia meu caro Dinomar Miranda. Então, eu tento mas não consigo ficar calado, desculpe, com essa afronta ao povo de uma forma geral, principalmente os mais humildes. Estou enviando a todas as pessoas que podem gritar, vc é um deles.
Não desejo para ninguém, por mais insignificante que seja, inclusive quem faz isso , essa situação, e deixa o povo desprovido de qualquer recurso de viver, da vida, mais amor, mais humanidade.
Desculpe, o meu desabafo”.
A reportagem entrou em contato com o Governo do Estado para saber o motivo de toda a unidade passar por reforma ao mesmo tempo e porque os pacientes são atendidos dessa forma.
Até a publicação desta reportagem a Secretaria Estadual de Saúde não tinha dado nenhum posicionamento.
Com informações do G1