General sobre secretário do RN pedir Exército na rua: liderança escassa nesse governo


O Secretário de Saúde Pública do Rio Grande do Norte, Cipriano Maia, sugeriu que as Forças Armadas fossem usadas no estado para garantir o cumprimento do decreto estadual que determina o isolamento social no RN.

Com isso, o General Araújo Lima respondeu ao secretário através de uma nota, explicando parte do funcionamento das Forças Armadas e quem tem prerrogativas para colocar os militares na rua. 


Confira a nota:

Por General Araújo Lima:

Não satisfeito com o trabalho que já vem sendo realizado pelas Forças Armadas no Estado, que vem montando barracas (abrigos emergenciais) e promovendo a desinfecção de áreas de grande circulação como a rodoviária, o aeroporto e outras instalações essenciais, o nosso Secretário de Saúde do RN, agora, propõe o emprego desses militares na garantia da execução do Decreto estadual que estabelece as condições para o isolamento social no Estado, ou seja, um toque de recolher.

O Art. 142 da Constituição Federal é muito claro quando define a missão das Forças Armadas “sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”. 


Nesse mister, cabe salientar que, além da autorização ser uma prerrogativa do Presidente da República, caberá ao Governo Estadual convencer a ele de que as Forças de Segurança Pública do Estado não têm competência para cumprir essa tarefa que é essencialmente sua.

O que falta neste momento, não é a presença das Forças Armadas, com poder de polícia para obrigar a população a se isolar, falta-lhes a confiança do povo, fator essencial para o exercício da liderança e da governabilidade, atributos escassos nesse Governo.

Falta ao povo potiguar a certeza de que, se isolando, terá seus direitos sociais protegidos pelo Governo do RN, entre eles o pagamento do seu sagrado salário de servidor e de outras promessas eleitorais nunca cumpridas.

Gostaria nesse momento crítico de saber, quando de fato irão assumir o Governo do Estado? 


Hoje à deriva e sempre tentando repassar as suas responsabilidades constitucionais ao Governo Federal e, mais grave do que isso, se apoderando dos projetos e recursos dele recebidos sem sequer fazer uma referência, como aconteceu recentemente com o auxilio emergencial, iludindo o seu povo que por falta ou excesso de informação continua sendo iludido.

A CONFIANÇA DO POVO É A BASE DA GOVERNABILIDADE

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