Maior preço de álcool e gasolina no estado de Goiás é registrado em São Domingos (GO)
O maior preço de gasolina no Estado também foi registrado em São Domingos, R$ 4,94. Já o menor é de um posto da cidade de Santo Antônio do Descoberto, no Entorno do Distrito Federal, onde o litro do combustível custava até ontem R$ 3,19.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Goiás (Sindiposto), Márcio Andrade, afirma que a explicação para a ampla diferença dos valores praticados nas cidades é de mercado: “o preço é livre”.
Outro ponto que chama atenção é a semelhança entre os preços de venda dentro da mesma cidade.
Segundo Márcio, a questão é, mais uma vez, de mercado. “A concorrência provoca isso. Mesmo quando os postos estão em cidades diferentes, mas na mesma rodovia, competem entre si.”
Márcio diz que a existência de usinas de açúcar e etanol na região, como é o caso de Goianésia, não contribui para que o preço do combustível seja menor, já que o produto é levado para uma distribuidora e só depois vendido para os postos de combustíveis. “O valor do frete também tem peso. Por isso, encontramos preços altos em cidades que ficam longe da capital.”
Pandemia
Apesar da ampla variação de preços de combustíveis no Estado, os valores estão em queda desde que as medidas de enfrentamento à Covid-19 começaram a ser implementadas.
Levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aponta que o preço do etanol caiu cerca de R$ 0,40 na bomba dos postos goianos. No caso da gasolina, a queda foi de R$ 0,47.
O presidente do Sindicatos da Indústria de Fabricação de Açúcar e de Etanol do Estado de Goiás (Sifaeg/Sifaçúcar), André Rocha, diz que, apesar de as medidas de isolamento terem sido flexibilizadas nas últimas semanas, as usinas ainda não sentiram aumento na demanda.
“A situação só vai realmente mudar quando tivermos a retomada da economia. Não é apenas uma questão do isolamento, que concordamos e apoiamos. Mas só vamos retomar mesmo quando existir normalidade de consumo.
No caso dos postos, o presidente do Sindiposto diz que houve retração de 60% nas vendas nas primeiras semanas de isolamento. Apesar de mais pessoas estarem nas ruas, a queda em relação ao período anterior à pandemia é de 45% a 50% nesta semana.
Fonte: O Popular