Untitled Post
- On:
- 0 comentário
“Para gerir a Radiobrás, Eugênio Bucci enfrentou cara feia, corporativismos, puxadas de tapete de ministros, intrigas de assessores e de áulicos palacianos e uma crônica magreza de recursos”. – Ricardo Setti, jornalista e escritor
“Em Brasília, 19 horas”. Era com este bordão, do programa “A Voz do Brasil”, que amigos saudavam Eugênio Bucci às vésperas do início do primeiro governo Lula.
O jornalista estava prestes a assumir o cargo de presidente da Radiobrás, sua primeira experiência na vida pública após trajetória notável em grandes redações do país.
A meta de Bucci era clara: fazer a estatal cumprir seu papel constitucional de servir à sociedade, atendendo o direito à informação.
Em quatro anos à frente da Radiobrás, acumulou vitórias e derrotas.
Agora, de volta ao ofício de repórter, Eugênio Bucci oferece aos brasileiros um dos mais reveladores e corajosos relatos jamais produzidos sobre os bastidores do poder na capital do país: o livro”Em Brasília, 19 horas”, da editora Record, disponível na Livraria da Folha.
A partir da rara perspectiva de ocupante de um cargo de chefia, Bucci expõe as engrenagens da estatal e também os meandros do funcionalismo público em Brasília, com revelações inéditas sobre a máquina de comunicação do governo federal, um dos pontos nevrálgicos mais visíveis e menos estudados do poder executivo.
Com texto cortante, o jornalista escancara a estrutura paquidérmica da estatal sem poupar nomes, relatando casos de privilégios e uso da Radiobrás para propaganda governamental, e nomeando os personagens que fazem girar uma máquina apodrecida, movida pela troca de favores e pela bajulação aos poderosos.
O ex-diretor da Radiobrás expõe também sem pudor as resistências que enfrentou, incluindo alguns “puxões de tapete” vindos diretamente de ministros de Lula.
“Não havia um só decreto que me impedisse de seguir na direção mais óbvia; a impossibilidade estava na cultura, nos hábitos, nas práticas e nas idéias feitas”, explica Bucci no primeiro capítulo do livro.
Esse raro e singular relato faz de “Em Brasília, 19 horas” um documento obrigatório para entender o Brasil.
E, também, um título de referência para estudantes e profissionais de comunicação.
Leia o primeiro capítulo do Livro
Com informações da Folha de São Paulo