Para Amyr Klink, a falta de planejamento pode ser o passaporte para o fracasso

  
“A paixão
por navegar nasceu dos livros”, assim afirmou um dos mais notáveis navegadores
do mundo, o brasileiro Amyr Klink.  
Ele foi o segundo palestrante do
Seminário “Gestão Estratégica e Liderança”, organizado pelo Superior Tribunal
Militar, iniciado na segunda-feira (16).
Klink chamou atenção dos brasileiros, ainda em
1983, quando fez a travessia solitária a remo do Atlântico, entre a África e a
América, numa jornada de 3.700
milhas
(cerca de 6 mil km), em cem dias ininterruptos.
O navegador também se tornou um extremo
conhecedor das águas geladas do círculo polar antártico, onde fez a
circunavegação (360º) de 14 mil milhas do pólo sul em 88 dias, o que deu origem
a um dos seus livros “Mar sem Fim”.
Na palestra, Amyr Klink trouxe um assunto
imprescindível para os navegadores e para qualquer organização pública ou
privada: o planejamento.  
“Assim como os pinguins, diz ele, que reconhecem
os gritos de seus filhos em meio a milhares e até milhões de outros, planejar e
organizar é fundamental”.
Klink disse que no mar há procedimentos de
segurança, planejados com antecedência, para qualquer tipo de situação. 
Da
experiência de exímio navegador, ele anotou um importante aprendizado dos
“viajantes do mar”, que pode ser aplicado sistematicamente em qualquer plano de
gestão estratégica. 
“Depois das viagens, com suas inúmeras tormentas e
desafios, o legado mais importante são as anotações feitas nos diário de bordo,
que possibilitam para outras viagens, a identificação de falhas e oportunidades
de suas correções”.
“O planejamento é importante não só para os
navegadores, mas inclusive para um país como o nosso, onde há recursos naturais
abundantes e é fácil não se preocupar com o futuro”, disse Klink ao afirmar que
a falta de preocupação com o futuro é também sinônimo de falta de organização,
de planejamento e de crescimento. 
“No mar não pode haver falhas de
planejamento, senão você morre”, sintetizou, afirmando o que pode ser o destino
de muitas organizações que não se preocupam com o futuro.  

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