Artigo: achataram a Pirâmide de Maslow com a pandemia do Coronavírus
O que virá depois da quarentena?
Perdemos a capacidade de sonhar?
O Coronavírus não pode nos impedir de sonhar
O psicólogo americano Abraham Harold Maslow foi o criador da famosa Hierarquia das Necessidades Humanas, que utiliza uma pirâmide para demonstrar como o ser humano busca satisfazer suas necessidades (fisiológicas, segurança, afeto, estima e autorrealização).
O que isto tem a ver com a pandemia de coronavírus?
Para Maslow, o ser humano cresce, se desenvolve, consome e busca a felicidade quando tem planos para a realização de seus sonhos.
Necessidades Funcionais: que envolvem finanças, segurança, informação e necessidade de uma redução na burocracia das organizações, uma maior exigência de rapidez e eficiência na resposta do atendimento aos clientes.
Além desta nova classificação, o estudo analisa o seu funcionamento durante a crise e a divide em duas etapas, chamadas de primeira e segunda onda.
A 1ª Onda gerou um cenário de insegurança e medo, onde a busca por informações sobre o que é o coronavírus, suas formas de contágio, os impactos nos empregos, na renda e nos negócios dominaram os sites de busca na internet.
Na 2ª onda, que aliás ainda não tem prazo para acabar, tomamos consciência do impacto da crise pandêmica, não sabemos quanto tempo irá durar, mas sabemos que além das necessidades funcionais, precisamos urgentemente de apoio emocional.
Mesmo com o achatamento da pirâmide, nas duas ondas mencionadas no estudo, as necessidades sociais não aparecem no horizonte de futuros das pessoas, indicando que suas aspirações e emoções ainda estão abaladas, gerando preocupações para com o futuro.
Mas você deve estar se perguntando o que fazer em relação ao seu futuro, do seu negócio e clientes.
As empresas, governos, políticos e órgãos de classe devem mostrar que o futuro ainda pode ser bom, gerando nas pessoas a necessidade de planejar o futuro, a realização de sonhos, em suma mexer com suas aspirações;
Precisamos estimular o novo, o uso das novas tecnologias, a possibilidade de encontros online com amigos, parentes, pais e avós, mostrar que o distanciamento é apenas físico, mas que podemos estar juntos virtual e emocionalmente;
Que é possível encontrar apoio online, shows, música, filmes, missas e atendimento médico virtual, estudar e aprender com vídeos, textos, livros digitais, nos mantendo integrados em lives e transmissões nas redes sociais;
Precisamos diminuir a sensação de medo, de que o risco existe, mas que o isolamento social, a reclusão e o uso de máscaras são essenciais para nos mantermos seguros, e que a maior parte das pessoas sobrevive ao Coronavírus;
Que fazemos parte de uma empresa, escola, igreja, associação de classe, grupo de amigos que joga futebol, que pesquisam juntos, que pertencemos a algo maior que nos completa.
Crie grupos de discussão com amigos, clientes, pesquisadores, seja ajudado e ofereça ajuda a aqueles que estão sós, que estão se sentindo deixados de lado, que estão tendo dificuldades de gerir seus sentimentos devido a ansiedade e ao isolamento.
O que sabemos é que a crise gerada por esta pandemia será diferente para cada um de nós, para cada empresa, município, estado ou região, que afetará empregos e renda, o que precisamos fazer é recuperar nossa capacidade de sonhar, de realizar planos, de aspirar coisas novas em nossas vidas e para a nossa sociedade.
Autor: Elton Schneider é diretor da Escola Superior de Gestão e Negócios do Centro Universitário Internacional Uninter