Chilique de deputados na Câmara Federal. Recall de políticos é uma boa saída


Ontem passei quase a noite toda assistindo à TV Câmara, que
transmitia a histórica sessão pós levante social.
E como foi interessante observar a postura dos parlamentares
depois de avaliarem que estão sob vigilância ininterrupta da sociedade.
A certa altura da discussão da PEC-37, uma deputada subiu à
tribunal, alvoroçadamente, e saiu com essa:
“ Senhor presidente, queria dizer aos parlamentares e ao
povo que não sou contra a PEC. Tem uma
relação rodando na internet com nomes de parlamentares que apoiam o projeto. 

Meu
nome está lá, mas eu não apoio. Eu assinei apenas o processo de tramitação,
senhor presidente. Foi só isso.  Volto a
dizer, sou contra a PEC!”.
Pior foi a cara de terror da nobre deputada.  O deputado Sérgio Guerra (PSDB-PE)  foi um dos nove deputados que votaram a favor
da PEC. Hoje de manhã, ele justificou: “Errei o botão na hora do voto”.  
Ainda pouco, conversando com colegas jornalistas aqui
trabalho, eu dizia que o Brasil, depois das manifestações, já é outro.
O povo agora sabe o poder que tem. Mais do que isso, os
políticos agora sabem o poder que o povo tem.
E o bom mesmo é aproveitar a deixa do presidente do STF,
Joaquim Barbosa, sobre o recall de
políticos, como já vem sendo aplicado em outros países: político eleito que  não cumpriu seu dever é demitido a qualquer
momento, independente do cargo.

Na wikipedia, o recall
político significa o poder de cassar e revogar o mandato de qualquer
representante político, pelo eleitorado; é chamar de volta para
“reavaliação” popular, não só os mandatários reconhecidamente corruptos,
mas os incompetentes ou inoperantes

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