Operação do MP resulta em fechamento de laticínio e prisão em Campos Belos




Operação desencadeada pelo Ministério Público em Campos Belos, nesta terça-feira (25/6), terminou com a decretação judicial de suspensão das atividades do Laticínio Campos Ltda. 

Um dos sócios da empresa, Lázaro Bento da Silveira, teve sua prisão em flagrante decretada.

A operação foi realizada pela equipe da Promotoria de Justiça de Campos Belos, acompanhada pelo técnico ambiental do MP Sérgio Soares da Silva, com apoio do Grupo de Patrulhamento Tático da Polícia Militar, profissionais da Vigilância Sanitária municipal e estadual, da Agência Goiana de Defesa Agropecuária e da Saneago.

O promotor de Justiça Paulo Brondi informa que a ação flagrou o lançamento de efluentes diretamente no Córrego Salobro, utilizado pelos ribeirinhos para sua subsistência, prática que a empresa tem mantido, ainda que já tenha sido autuada pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) e interditada temporariamente.

Agentes de fiscalização recolheram amostras do leite e derivados para análise. 





A suspeita é de que o laticínio esteja usando formol no processamento e fabricamento (produção) desses alimentos. 

Foram encontrados também produtos sem rótulos nas embalagens e com data de validade vencida.

O MP requereu cautelarmente uma série de medidas, em razão das irregularidades encontradas. 

Assim, o juiz Rodrigo Rodrigues Parente determinou a prisão cautelar do sócio Lázaro Bento da Silveira, preso em flagrante durante a operação, a imposição de fiança no valor de R$ 33.900,00, a proibição de acesso ao estabelecimento e a suspensão da atividade econômica exercida por ele. 

Já o laticínio teve suas atividades suspensas, tendo sido autorizada a lacração do estabelecimento, com fixação de placa no local, informando a medida judicial de interdição.


Histórico
A partir de uma denúncia anônima, sobre suposto dano ambiental pelo laticínio, o MP realizou, em maio último, uma diligência no laticínio, quando foi constatado o lançamento de resíduos resultantes do processamento do leite e seus derivados diretamente no Córrego Salobro. 

Esses resíduos eram lançados in natura no curso d’água, sem nenhum tipo de tratamento prévio eficaz. 

Anteriormente, em 2011, a empresa foi autuada administrativamente pela Semarh pelas mesmas razões, o que acarretou sua interdição temporária. 

Pouco tempo depois, o laticínio derrubou o embargo administrativo e voltou às atividades. 

Texto: Cristiani Honório/Assessoria de Comunicação Social do MP-GO  
Fotos: Aquivo da Promotoria de Justiça de Campos Belos

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