Cachoeiras, dunas e praias fazem o encanto do Jalapão, no leste do Tocantins
Publicação Original: Folha de São Paulo
GIULIANA DE TOLEDO
ENVIADA ESPECIAL AO JALAPÃO (TO)
O quê? Você vai ao Japão?” O país asiático parece um destino mais provável e até vem à memória antes da pouco conhecida região do Jalapão, no leste do Tocantins.
Com mais de 34 mil km² (equivalentes a 21 parques Ibirapuera), o Jalapão abrange oito pequenas cidades do Estado mais jovem –o Tocantins foi fundado em 1988– e mais central do país. A maior delas, Ponte Alta, tem só 7.000 habitantes.
O Jalapão é um mosaico de diferentes áreas de proteção. Há partes que são parque estadual, parque nacional, áreas de preservação ambiental e propriedades privadas.
Embora pouco conhecida pelos brasileiros, a região é uma das melhores do país para roteiros de ecoturismo, especialmente para rafting e trilhas. Por ano, são recebidos, em média, 5.000 visitantes.
Para conhecer o local, é preciso ter disposição. O caminho para chegar a qualquer ponto turístico jalapoeiro não é fácil. As estradas de terra desafiam até os veículos 4×4, que vão a 20 km/h.
O sacolejo do trajeto é compensado pela vista do cerrado, contornado pelos chapadões da serra do Espírito Santo e do morro Saca Trapo.
Passam-se horas até que outro grupo de viajantes seja visto pelo caminho. Mais fácil deparar-se com araras-azuis, corujas-buraqueiras e emas.
A natureza acompanha o viajante até atrações como dunas alaranjadas, cachoeiras com água transparente, um rio de água potável para prática de rafting e canoagem, além dos chamados fervedouros, piscinas naturais em que é impossível afundar.
Ah, e nem pense em registrar os passeios em tempo real com fotos nas redes sociais. Desapegue-se: só há sinal –e fraco– de celular e internet no centro das cidades.
SUVENIR
O capim dourado, espécie que existe só no Tocantins, é a base do artesanato do Jalapão.
As peças, que brilham naturalmente, podem ser compradas nas associações de artesãos das cidades de Mateiros (no centro e no povoado Mumbuca), Ponte Alta e São Félix.
Brincos são vendidos a cerca de R$ 9. Entre os itens mais caros estão as mandalas, que saem por R$ 90, e as bolsas, que chegam a custar R$ 240.
O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE O JALAPÃO
QUANDO IR
Prefira os meses de seca (de maio a setembro)
TEMPERATURA MÉDIA
Durante o dia, faz de 30ºC a 35ºC. À noite, a temperatura pode cair a 15ºC
SITE OFICIAL
PACOTES
COM AÉREO (por pessoa)
R$ 3.560
Oito dias, sendo dois em Palmas. Inclui traslado, passeios com guia e veículo e rafting. No Jalapão, a acomodação é em barracas em camping, com alimentação. Na Venturas: 0/xx/11/ 3872-0362; venturas.com.br
SEM AÉREO (por pessoa)
R$ 2.380
Sete dias com a empresa Korubo. Inclui traslados, um pernoite em Palmas com café, passeios com guia e transporte e pensão completa. A hospedagem é em barracas para duas pessoas.
Na Korubo Expedições: 0/xx/11/98222-5028; jalapao.com.
Também vendido nas agências Adventure Club (0/xx/11/ 5573-4142), Ambiental (0/xx/11/3818-4600), Auroraeco (0/xx/11/ 3086-1731), BWT (0/xx/41/3888-3499), Cia Eco (0/xx/11/5571-2525), Flot (0/xx/11/4504-4500), Freeway (0/xx/11/5088-0999), Nascimento (0800-7741110) e Top Brasil (0/xx/11/5567-6300)
R$ 1.400
Quatro dias no Jalapão. Saída de Palmas (hotel não incluso) em veículo 4×4. Inclui passeios com guia, pensão completa e hospedagem em pousadas. Na Rota da Iguana: 0/xx/63/3217-5107; rotadaiguana.com.br