Ministério Público vai investigar concurso da Saneago
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No dia do exame, 20 questões foram anuladas por terem falha no gabarito.
Decisão revoltou candidatos que protestaram em locais de provas.
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) afirma que irá investigar o concurso da Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago), realizado no último domingo (30) em Goiânia.
Das 60 questões da prova, 20 foram anuladas porque teriam apresentado problemas técnicos no gabarito.
Os participantes do concurso dizem que foram pegos de surpresa e protestaram na porta de pelo menos dois locais de prova. Indignados, muitos afirmavam terem sido prejudicados com a decisão.
Segundo o promotor de Justiça Rodrigo Bolleli, o órgão recebeu diversas reclamações dos candidatos e “é uma obrigação do MP recebê-los e tomar as medidas necessárias diante de tantas representações e denúncias advindas do concurso da Saneago”.
O promotor esclareceu que quem pagou cursos preparatórios para o concurso e agora se sente prejudicado com as questões canceladas da prova, pode entrar com ação judicial e tentar o reembolso.
Concursos anulados em Goiás
Neste ano, seis concursos foram anulados em Goiás.
O MP já instaurou inquéritos civis para investigar os concursos e promete que, em breve, serão apresentados os resultados destas investigações.
O Ministério Público afirma ter uma lista de empresas que já foram investigadas por problemas na realização de concursos no estado.
Para Bolleli, “é fundamental que o administrador público contrate empresas idôneas que tenham capacidade e “know how” para realizar concursos públicos, principalmente da magnitude e grandeza como este da Saneago”.
Na manhã de domingo (30), foram aplicadas as provas para os cargos de nível médio e ensino fundamental. O
superintendente de Recursos Humanos da Saneago e presidente da comissão organizadora do concurso, José Freitas, disse que houve um problema técnico na formatação do gabarito.
O problema, segundo ele, foi percebido na noite de sábado (29). “Nós decidimos cancelar as 20 últimas questões”, explicou Freitas.
Fonte: Folha