Hudson Lee: aqui e no Japão



Agarrados desde quando eram “girinos”, como eles mesmos dizem, os primos Hudson Lee, 20 anos, e Heitor Braga, 22, encontraram no Jiu-Jitsu outro ponto comum. 

Dispostos a consolidar seus nomes no esporte, os dois lutam para arrecadar fundos para representar Brasília em um dos campeonatos mais importantes da modalidade: o Asian Open – em 26 e 27 de outubro, em Tóquio, no Japão.
Ambos disputam pela faixa azul e Hudson – peso pesado –  tem no currículo o cinturão Naga faturado em Las Vegas, em março deste ano. Heitor conseguiu o posto de melhor do mundo no peso-pena, em julho, no Mundial, em São Paulo. 
Os primos se sentem prontos para enfrentar não só o desafio do próprio campeonato em si, mas a oportunidade única de viver oito dias no país originário do Jiu-Jitsu e que possui cultura totalmente oposta à do Brasil.
“O inglês a gente sabe falar e lá dá para se virar. O difícil mesmo vai ser a alimentação, porque é tudo muito caro e ainda não conseguimos o dinheiro total para ir (R$ 2.500 para cada um). Se for preciso dormir no chão quando chegarmos lá, a gente dorme. A nossa dieta será à base de sushi”, afirma o determinado Hudson Lee.
AMADURECIMENTO

Cientes do que querem para a vida, Hudson, e Heitor têm como principal objetivo provar às suas famílias que são, de fato, atletas completos, que sabem buscar isso sozinhos. Prova disso é a sede de voltar com uma medalha no pescoço.
“Somos capazes, tanto que, de Brasília, acho que eu e ele (Heitor) somos os únicos que vão. É uma motivação e responsabilidade maior, além de ser o nosso sonho desde quando éramos crianças. Nem todos têm essa oportunidade”, conta Hudson. Heitor, ao lado, concordava com todas as palavras do primo.
Faixa igual, jeito diferente

Embora sejam unidos pelo mesmo sangue e tenham o  objetivo único de se consagrar no Jiu-Jitsu, Hudson Lee e Heitor Braga têm características distintas.
Crescidos juntos, Hudson sempre teve um comportamento conselheiro, principalmente quando o assunto é o futuro do primo. “Ele nunca foi de brigar e falava para eu comer muito e ficar forte igual a ele. Além disso, ele me ensinou o espírito de união em família”, elogia Heitor.
Hudson, emocionado com as palavras do primo, destacou a personalidade humilde de Heitor. 

“É um cara que teria todos os motivos para ser soberbo. Nossas condições financeiras são opostas e nunca o Heitor tratou alguém mal por isso. Sempre foi muito esforçado e nunca deixou nada subir à cabeça”, valoriza o peso pesado.
Humildade

Por serem da mesma equipe, é muito difícil que os dois se enfrentem em uma competição. Caso houvesse um confronto, Heitor logo disse que o primo seria o vitorioso. “Ele é mais forte do que eu e é muito mais centrado no que quer. É certeza que ele sairia vencedor”, reconhece. Hudson logo revidou: “A gente treina juntos o dia inteiro. Difícil saber isso”, diz o primo (K.M.O.)
Saiba mais

O Asian Open ocorre a cada dois anos e sempre na mesma época – outubro –, em Tóquio, no Japão.

Além de disputar os primeiros lugares nas categorias individuais, Heitor e Hudson buscam a conquista do Absoluto – categoria que elege o mais forte de cada faixa.

Como são da mesma equipe, os dois ficarão de lados opostos da tabela. Caso cheguem à final, os primos serão eleitos os melhores da faixa azul, sem que haja um confronto.



Fonte: clicabrasilia

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