O mensalão e o desrespeito à justiça: o mau exemplo da Câmara dos Deputados

Deputado Henrique Eduardo Alves,
presidente da Câmara dos Deputados 

Uma das coisas que mais se preza no Brasil, inclusive para a
normalidade democrática, é o respeito às decisões judiciais.

Imagine se cada cidadão envolvido em algum caso na
justiça resolver não cumprir a decisão de um juiz ou de um tribunal.

Estaríamos entrando num perigosíssimo caminho de desrespeito
às leis  e ao fim do princípio de equilíbrio
entre os Três Poderes do Estado.

Não há outra saída:  qualquer
que seja a decisão judicial, injusta ou não, tem que se cumprida, por todos.

Mas parece que a Câmara dos Deputados resolveu trilhar pelo perigoso caminho de despeito às leis que ela mesmo criou. 

Não vamos entrar no mérito se foi justa ou não a
condenação dos mensaleiros (políticos ou
não) na Ação Penal 470, julgada pelo Supremo Tribunal Federal.

A decisão foi tomada pela maioria dos ministros, réus foram
condenados e réus foram absolvidos.

E aqueles condenados que eram parlamentares perderam também
o direito de exercer o cargo público. Assim decidiu a Suprema Corte Brasileira.

E não é que  a Câmara
dos Deputados e o seu presidente, o deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB/RN) resolveu
não cumprir a ordem judicial.

Há uma semana o presidente e uma turma de deputados (e até
senadores) tentam encontrar uma solução
para o deputado presidiário José Genuino (PT/SP).

Fala-se até em apressar o processo de aposentadoria dele. Mas tirar o mandato do parlamentar, em cumprimento
à decisão do STF, ninguém quer, não se fala.

Que mau exemplo nos dá o nosso Parlamento Federal.  Imagine se todo brasileiro encrencado com a
justiça resolver não respeitar as decisões judiciais, como tem feito o
presidente da Câmara!

É um precedente muito perigoso e que tem que ser solucionado urgentemente.

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