Nuvem de veneno: trabalhadores de São Domingos já apresentam sintomas


É grande o número de
relatos de trabalhadores, principalmente do nordeste de Goiás, que trazem casos
de intoxicação nas grandes monoculturas do oeste de baiano, região vizinha a
Goiás.

“Tenho
conversado com algumas pessoas aqui em São Domingos (GO), que trabalham ou já
trabalharam com a aplicação de “defensivos agrícolas” (veneno) na
Bahia.
É realmente assustador ouvir os relatos de quem já passou por
algum processo de intoxicação”, afirmou Júlia de Barro, um ativista social e ambiental, 
que acompanha de perto a
situação.

Segundo ela, todos os
meses, dezenas de pessoas são atendidas no hospital municipal com sintomas
graves de intoxicação por defensivos. E muitas das intoxicações são provenientes das nuvens de veneno, fenômeno comum em grandes plantações.  


A ação dos agrotóxicos sobre a
saúde humana costuma ser deletéria, muitas vezes fatal, provocando desde
náuseas, tonteiras, dores de cabeça ou alergias até lesões renais e hepáticas,
cânceres, alterações genéticas, doença de Parkinson etc.

Ainda segundo a ambientalista, os sintomas de intoxicação não aparecem de
imediato. “Deve-se prestar atenção à possível ocorrência desses sintomas, para
que possam ser relatados com precisão. 

O agricultor intoxicado pode apresentar alterações, como irritação ou nervosismo; ansiedade e angústia; fala com
frases desconexas; tremores no corpo; indisposição, fraqueza e mal estar, dor
de cabeça, tonturas, vertigem, alterações visuais;


salivação e sudorese aumentadas; náuseas, vômitos,
cólicas abdominais; 
respiração difícil, com dores no peito e falta de
ar; 
queimaduras e alterações da pele.

O alerta serve não apenas para os trabalhadores goianos que atravessam a
fronteira, mas principalmente para os agentes governamentais,  que têm a obrigação
de criar e cobrar políticas públicas que defenda o meio ambiente e a saúde das pessoas.

No vídeo, o pesquisador Wanderlei Pignati, fala
das Nuvens de Veneno que se tornaram um problema seríssimo no país, principalmente
nas regiões produtores para o agronegócio. 



Assista abaixo ao filme-documentário completo sobre o assunto.



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