Economia: PIB do nordeste goiano continua decepcionando

Por Eduardo Costa Lucas*, 

De forma regional o PIB da nossa região continua decepcionando. O Nordeste de Goiás ainda é a região mais pobre do estado e pior: perdeu participação no PIB estadual, caindo de 1,4% para 1,3%. 

Isso reflete não só o pequeno crescimento regional, mas a vultosa diferença de investimentos em relação ao Sul goiano e o quanto o Nordeste precisa melhorar.

As cinco cidades mais ricas do nordeste goiano são:
1.    Cavalcante – R$ 294.123.000,00
2.    Posse – R$ 239.033.00,00
3.    Campos Belos – R$ 139.831.000,00
4.    São João D’Aliança – R$ 132.917.000,00
5.    Iaciara – R$ 87.964.000,00
O PIB de Cavalcante está fortemente concentrado na Indústria, que responde por acachapantes 81% das riquezas dessa cidade histórica. 

O que mostra um desleixo municipal na aplicação dos valores arrecadados, pois Cavalcante não possui uma boa divisão de recursos e desperdiça o enorme potencial turístico que a Chapada dos Veadeiros lhe oferece. 

O setor de turismo poderia incrementar ainda mais a economia do local e gerar mais renda direta à população, diferente da geração industrial, que entrega aos cofres municipais a participação pelos minerais extraídos.

Posse segue como a maior cidade do nordeste goiano e tem uma forte vocação agropecuária. 

Apesar do temor gerado pela disputa de terras entre Goiás e Bahia ao longo da Serra Geral, o município possense é grande em área e gera riquezas no campo e em menor grau na indústria. 

Se comparado a Campos Belos, entretanto, o comércio poderia ser maior, tendo em vista que com quase 10 mil habitantes a mais, as duas cidades têm valores parecidos para a geração de renda no comércio.

São João D’Aliança tem o PIB mais bem dividido entre todas as cidades. 

Com recursos quase em mesmo valor advindos tanto do campo quanto do comércio, essa cidade tem esgueirado o terceiro lugar de Campos Belos já há alguns anos, com a vantagem de que, como já dito, ela possui crescimento em mais de uma área da sua economia, enquanto Campos Belos continua dependendo fortemente do seu comércio.

*Eduardo Lucas é advogado trabalhista em Brasília

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