Mbac/Itafós: Um grande mal que se instalou na região

Por Jefferson Victor, 

Foi com grande euforia que todos nós recebemos a notícia da instalação da Itafós em nossa região. As palestras eram recheadas de promessas de que a empresa revolucionaria o nordeste de Goiás e sudeste do Tocantins.



Investimento maciço, geração de empregos, respeito ao meio ambiente e principalmente incremento financeiros que tornariam as cidades envolvidas em verdadeiros Oásis.



No começo houve uma euforia, centenas de homens trabalhando, o comércio local crescendo e se adequando à nova realidade regional.



Durante os primeiros meses, época da montagem da indústria, realmente ficou uma nítida impressão de que o desenvolvimento sustentável havia chegado para mudar para melhor o cenário de pobreza que sempre envolveu nossa região.



Com o passar do tempo, começamos a ver a verdadeira face dessa empresa, que de forma irresponsável contratou várias empreiteiras caloteiras, que deixaram um rastro de destruição no comércio local e a donos de imóveis que, acreditando na honestidade na credibilidade da Itafós e suas subsidiárias, disponibilizaram bens e serviços ao grupo.



Fui procurado por inúmeros comerciantes, os quais até disseram que eu poderia citar seus nomes na matéria e que já esgotaram todas as possibilidades de recebimento dos valores devidos, vez que essas empresas  já foram embora e não dão a menor esperança de solução para a questão.



Uma destas empresas, chegou a criar um novo CNPJ, e quando estava com toda documentação da nova empresa registrada, mandou que seus funcionários recolhessem notas fiscais de fornecimento de mercadorias e serviços para posterior acerto.

Para surpresa de todos, dias depois receberam uma carta da empresa dizendo que os valores devidos foram ajuizados, que fizeram um acordo judicial e que em prazo estabelecido no acordo começariam a fazer o pagamento dos valores pendentes.

Findado o prazo, não atendem telefonemas e nem recebem credores em sua sede em Goiânia.

Donos de imóveis, restaurantes, padarias,  borracharias, supermercados e empresas prestadoras de serviços não sabem mais a quem recorrer para tentar recuperar os valores envolvidos, alguns deles com valores acima de 50 mil reais, inclusive muitos a estão em dificuldades financeiras devido ao episódio.


Há meses atrás denunciamos o represamento do Rio Bezerra e pedimos ao Ministério Público que investigasse.



Agora a mortalidade de peixes. E de forma cínica, a Mbac tentar enterrar os peixes para esconder o crime ambiental. Fica evidenciado que os problemas com essa empresa estão apenas começando.



Fui chamado ao MP de Arraias- TO e fui cientificado que a minha denúncia do represamento foi encaminhada ao Ministério Público Federal, por se tratar de rio que divide os dois estados.



Esperamos que haja emprenho das autoridades goianas no episódio, pois se depender do governo do Tocantins, nada será feito, a MBAC é a protegida por eles e passam por cima de qualquer um que atravesse o caminho da infratora.

Podemos nos preparar para futuros problemas com esta empresa, quando soltarem as águas com os resíduos industriais, vamos ter problemas ambientais gravíssimos, principalmente malefícios às populações ribeirinhas do Rio Bezerra e Montes Claros.

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