Justiça com as próprias mãos: isso não pode!
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Gente, isso não pode….
Hoje cedo compartilhei a foto numa mídia social, com a opinião abaixo a seguir.
E foi aquele burburinho. Por isso resolvi promover está discussão em nosso Blog.
Então, tenho que só o Estado pode punir criminalmente, senão daqui a pouco estaremos diante da “lei do mais forte”.
E, claro, nosso Estado Democrático de Direito vai para o saco.
E quem é o mais forte? quem tem armas? quem tem dinheiro? o mais alto? o mais musculoso? quem tem poder político?
Gente, quem cuida de bandido é a polícia e a justiça….
Fazer justiça com as próprias mãos é uma irracionalidade, igualzinho como acontecia na idade média.
Alguém conhece como funcionam, como agem as milícias no Rio de Janeiro?
Começa assim…igualzinho a imagem da foto….justiceiros pegando bandido; depois vai aumentando o leque.
Faz “justiça” com aquele que tem uma dívida com o vizinho, com a mulher que traiu, com o cara que aumentou o volume do som, com o viciado, contra um que roubou um biscoito no mercado e assim vai, e a milícia vira o dono do pedaço.
Isso se chama “Olho por Olho, Dente por Dente”.
É a lei do mais forte. Por isso é essencial, no Estado Democrático de Direito, uma polícia forte e uma justiça eficiente.
Entendo perfeitamente a raiva da sociedade contra os bandidos, que agem covardemente e não respeitam a própria mãe.
Mas nós não podemos nos igualar aos bandidos. Seremos tão bárbaros quanto eles. Quando fazemos justiça com as próprias mãos, estamos agindo e nos tornando um bandido qualquer ou até pior do que eles.
Se porventura estas instituições (polícia, ministério público, justiça) não estão correspondendo aos anseios da sociedade, não estão boas, nós, cidadãos, temos que lutar por melhorá-las, cobrar eficiência e prontidão.
A situação não é fácil, é muito complexa e perigosa.
Em se continuar amarrando bandidos em postes, fazendo linchamentos à luz do dia ou arrastando ladrões em motos e em cavalos, entraremos num processo de degradação social que ninguém deseja.
Essa não é a melhor saída.