Distrito de Barreirão realiza a tradicional festa dos “Caretas”



A comunidade do Distrito de Barreirão, município de Campos Belos, em Goiás, promoveu recentemente a tradicional festa dos Caretas. 

A festa faz parte da cultura popular regional, numa mistura de folclore, brincadeira popular e herança religiosa. 

Há séculos, essa forma espontânea de animar a Semana Santa é feita no Nordeste do Brasil e permanece acesa no distrito de Barreirão.


A brincadeira se mantém viva mesmo com as mudanças de hábitos e costumes cada vez mais metropolitanos da comunidade interiorana local. 

Nos festejos, crianças, adolescentes, adultos, homens e mulheres saem fantasiados e mascarados e se tornam anônimos em meio aos foliões. 

As mascaras e fantasias são tipicamente artesanais, improvisadas e feitas de materiais diversos.

Cultura religiosa

Tradicionalmente, os caretas são homens que usam máscaras confeccionadas em couro, papel ou cabaça, com o objetivo de provocar medo nas pessoas. 
A festa acontece durante a Semana Santa, na Sexta-Feira da Paixão.
Monta-se um cenário, um semicírculo com pés de bananeira, chamado pelos caretas de quinta atrativa, onde se coloca pedaços de cana de açúcar. 
Num verdadeiro espetáculo teatral, os caretas perseguem com pinholas- uma espécie de chicote feito de sola ou trançados de palha de buriti- as pessoas que tentam invadir a quinta para roubar a cana. 
A proteção da cana pode ter relação com a crença da população de que no calvário de Jesus Cristo ele foi açoitado com pedaços de cana. 
Na encenação, os caretas tentam impedir esse sofrimento.
Faz parte dos caretas personagens como a catita (homem trajando roupas femininas, a mulher dos caretas que fica se oferecendo para os homens que estão assistindo a encenação, servindo como distração) e a égua (personagem que assusta os espectadores, feita da caveira de um animal, onde se prende a sua cabeça a um pau e amarra uma corda de maneira que puxando, se abre e fecha a boca ). 
A encenação continua até a madrugada de Sábado da Aleluia.
Com informações da Secretaria da Cultua de Tocantins e Clésia Mattos

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