Placas de fronteiras : “o Tocantins começa aqui, a buraqueira nos quebra adiante”
Por Jefferson Victor,
Uma das primeiras providências do governo, ao ser criado o Tocantins, foi colocar placas nas fronteiras com os seguintes dizeres: “O Tocantins começa aqui, a fé nos leva adiante”.
No começo tudo eram flores, dinheiro do governo federal, estado novo sem dívidas, muitos imaginavam que o Tocantins seria o estado mais promissor da federação.
A disputa política acirrada que se travou ao longo dos tempos, tornou o estado um palco de discórdia. Demite-se funcionários, contrata-se funcionários, cada um ao seu modo tenta proteger seus correligionários políticos.
É um festival de demissões e contratações, e isto certamente tem reflexo no atual cenário, que é de abandono, nem só nas estradas estaduais, mas também em vias públicas nas cidades, como é o caso de Taguatinga, como mostra os protestos ali realizados recentemente.
Desde a criação do estado, erros administrativos se sucedem, e com isto os grandes projetos geradores de receitas não aportaram no Tocantins.
Hoje o estado não produz receitas suficientes para a manutenção de serviços básicos e essenciais, o estado não gera empregos e rendas suficientes, e com isso a principal atividade econômica do estado é a política.
Grande parte da população depende diretamente dos empregos criados pelo governo. A iniciativa privada não consegue absorver o déficit empregatício, e grande parcela da população vive essencialmente de programas sociais e bicos.
Asfalto e energia elétrica são fatores preponderantes ao crescimento de qualquer estado, e isto o Tocantins tem de sobra, porém exporta a maioria da energia produzida, e as estradas mal conservadas afugentam empresas e turismo, e com isto problemas financeiros se acumulam.
O trecho ligando a divisa com Goiás até Dianópolis tem sido alvo de protestos nas redes sociais. Operações tapa buracos realizadas nestes últimos anos não têm surtido o efeito desejado, camadas de asfalto frio são colocadas de forma emergencial, mas basta alguns dias para que os buracos ressurjam.
Segundo informações postadas nas redes sociais , estão previstos protestos neste trecho, os organizadores estão conclamando a sociedade tocantinense a participarem dos atos previstos para o dia quatro de maio, e, certamente haverá presença de grande parte da população que sofre com o desmando que se arrasta por muitos anos.
É preciso que haja maior presença do estado na resolução destes problemas, é evidente que não conseguirão recuperar tudo antes do período eleitoral.
Certamente a situação vai iniciar uma operação emergencial para tirar proveito político, e a oposição vai usar as estradas como argumento para angariar votos, vai ser um jogo de empurra , muitas promessas e poucas ações e o pobre eleitor diante de tanta enganação se sente impotente, e seu sofrimento continua.
Se nada for feito o asfalto vai aos poucos desaparecendo, sendo preciso no futuro remover tudo e até mesmo construir nova base, já que a infiltração da água danifica os aterros e o custo com isto fica cada vez maior.
Menos promessas e mais ação é uma receita eficiente para resolução de muitos problemas, e que esta receita seja seguida pelos governantes do estado, chega de tapeação, o povo precisa de fatos concretos, de enganação todos já estão cheios.