Atividades especiais marcam início do Curso de Educação do Campo em Arraias (TO)





Os mais de 220 alunos aprovados no primeiro vestibular do Curso de Educação do Campo da Universidade Federal do Tocantins (UFT) já começaram as atividades acadêmicas nos câmpus de Arraias e Tocantinópolis, onde a licenciatura, com habilitação em Artes Visuais e Música, é oferecida. 

Em Arraias, o início das atividades letivas ocorreu nos dias 3 e 4 de maio. 



Na abertura do evento de recepção aos alunos o diretor do câmpus, professor Idemar Vizolli, destacou o professor Claudemiro Godoy, que foi um dos responsáveis pela criação do curso e morreu em 2010. “Claudemiro lançou a semente”, disse ele.

Na mesa de abertura, a doutoranda Suze Sales (UFT/UFSCAR) tratou do desafio da formação de professores do campo considerando as lutas históricas dos movimentos sociais e os saberes locais, que devem estabelecer diálogo com o saber universalmente construído. 



Cirineu da Rocha, do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e do Fórum Estadual de Educação do Campo, salientou que as lutas dos movimentos sociais foram determinantes para a formação de uma política educacional voltada para o homem do campo.

A programação continuou com uma mesa-redonda sobre lutas sociais e formação de professores do campo e uma conferência com o professor Paulo Petronilio, da UnB, que associou conceitos dos filósofos Deleuze e Derrida à Educação do Campo.

Também houve lançamento de livros, a apresentação da proposta do Projeto Pedagógico de Curso e uma sessão plenária onde foram definidas as Comunidades Integradoras onde acontecerão as atividades do curso referentes ao “tempo comunidade”, que terão início nas próximas semanas. 



No Curso de Educação do Campo, as atividades nas comunidades ocorrem de forma alternada com as atividades letivas na universidade, que compreendem o “tempo escola”.

“O curso contribui para efetivação da missão da UFT de participar do processo de desenvolvimento regional oferecendo um ensino de qualidade. Não basta que o aluno chegue à universidade. Ele deve ser um egresso com um perfil intelectual e político emancipatório” defendeu o coordenador do curso no câmpus, professor Alessandro Pimenta.

Para a vice-reitora da UFT, Isabel Auler, o início do curso é um momento histórico. 



“É resultado do esforço institucional de gestores, professores, pesquisadores e dos movimentos sociais do campo, que compartilharam seus conhecimentos e vivências para a construção de um projeto de formação de educadores, que atuarão no campo e para o campo, e que leva em conta as diversidades culturais, ambientais e econômicas dos povos do cerrado e da Amazônia”.


Fonte: Surgiu.com

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