Paranã (TO): homem arma emboscada e mata a ex-namorada com 4 tiros

Assassino e vítima

Por Dinomar Miranda, 

O representante comercial de produtos agrícolas, Edimilson
Honório de Machado, planejou, emboscou e matou a sua ex-namorada, “Ângela Japão”,
de 26 anos, no último sábado, 24, na cidade de Paranã, sudeste do Tocantins.

O crime ocorreu por volta de 13h30, numa estrada rural
próximo à cidade. Ângela se envolveu amorosamente com Edimilson, um vendedor de
sementes, forasteiro de Minaçu, em Goiás. 

Cansada do relacionamento, ela resolveu terminar o romance,
mas não obteve o consentimento dele.

Na tarde de sábado, sabendo que a ex-namorada participaria
de um encontro de motocicleta em Serrinha, uma localidade próxima, Edimilson
resolveu acertar as contas e escolheu um motivo: impedir a ida da moça ao
evento.

Ângela, que trabalhava na casa lotérica de Paranã, era muito
querida pela comunidade e planejava ir ao evento de motociclismo logo após sair
do trabalho.

Sabendo da rotina da ex-namorada, Edmilson montou guarda na
rodoviária da cidade, que fica perto da casa lotérica, e ficou lá, à espreita, até
a sua saída. No horário, Ângela pegou sua moto, e com uma prima na garupa,
rumou para Serrinha.

No entanto, pouco mais de 5 km à frente, já fora da cidade
de Paranã, foi abordada pelo assassino, que ordenou que ela não fosse ao evento. 

Diante da negativa, segundo a prima testemunha, e após um rápido bate-boca,
Edimilson sacou um revolver, calibre 32, e disparou cinco vezes.

Dois acertaram o braço de Ângela e dois o peito dela, que
ferida gravemente caiu e morreu no local. 
Um quinto tiro acertou a mão da carona, sem maior gravidade.

Em seguida, o assassino fugiu do local e também da cidade. Avisada,
a polícia saiu em busca do flagrante delito, mas não obteve êxito.

As informações preliminares dão conta de que ele estaria em
Minaçu, Campinaçu ou Filó de Goiás.

O corpo de Ângela foi encaminhado ao Instituto de Medicina
Legal (IML) de Palmas, a capital do estado, e, após a perícia, foi entregue à
família, que fez o sepultamento nesta segunda-feira, 26, no cemitério de
Paranã.

O assassinato frio, premeditado e covarde chocou a
comunidade, que revoltada encheu as redes sociais de fotografias do homicida e com palavras de indignação e de pedidos de justiça. 

Centenas de pessoas
compareceram ao cemitério local para se despedir de Ângela, numa comoção que
entristeceu e lutou a cidade de Paranã.

Quando
preso, Edimilson deve responder pelo crime de homicídio qualificado, aquele cometido
à traição, de emboscada ou mediante dissimulação ou outro recurso que
dificulte ou torne impossível a defesa da vítima. 

A pena para este crime é de 12 a 30 anos de
reclusão, conforme o artigo 121 do Código Penal Brasileiro. 

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