Assim como no país, subnotificação de covid-19 em Campos Belos (GO) pode ser 10 vezes maior do que números oficiais; ou seja, mais de 320 casos


A subnotificação de diagnósticos de covid-19 no Brasil, que vergonhosamente não consegue fazer exames em sua população, pode ser hoje de dez por um, ou seja, para cada caso oficial, existiriam, na verdade, dez, conforme cálculo das próprias Secretarias de Saúde dos estados. 


Segundo boletim epidemiológico divulgado nesta quarta-feira (24), pela pasta de saúde de Campos Belos (GO), o município já acumula 32 casos de infecção pelo novo coronavírus. 

Pelos números  da subnotificação, portanto, o total de casos poderia ser de 320.

Essa relação (de dez por um) de casos em todo o Brasil, com diferenças regionais, foi citada recentemente pelo subsecretário de Vigilância em Saúde do Estado de Minas Gerais, Dario Ramalho, e confirmada pelo secretário da Saúde, Carlos Eduardo Amaral.


Mas todos os estados, claro, negam a existência de subnotificações de covid-19 em suas áreas.

Como o governo Bolsonaro não existe, o povo fica à mercê de dados falsos.  

O que indicaria isso, conforme Amaral, seria os índices de ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva em Minas Gerais. Os números citados pelo secretário são de 69% de ocupação geral de leitos de UTIs, e de 85% para leitos específicos para covid-19.

“A subnotificação, no mundo todo, pode ocorrer em pacientes assintomáticos que não procuram atendimento hospitalar. 


Foi justamente focando neste grupo que o subsecretário de Vigilância em Saúde, Dario Ramalho, se espelhou quando disse que apenas um em cada 10 casos suspeitos podem ser de coronavírus”, explicou Amaral. 

“Em qualquer doença sempre existirão inúmeras pessoas para as quais não teremos a capacidade de ter o diagnóstico de todas elas”.

Com relação especificamente à covid-19, a situação é ainda pior. “No caso da covid-19, como é uma doença de transmissão assintomática, é muito natural supor uma taxa maior. 


Muitos indivíduos têm quadros leves, assintomáticos e passam despercebidos, ou seja, não passam por unidades de saúde, não realizam exames e não são detectados”, disse o secretário.

Alta

O número de casos diários de covid-19 vem aumentado de forma exponencialmente, conforme temos publicado aqui no Blog.

Lá em Minas foi divulgado um estudo feito pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU).


Os pesquisadores da instituição, para justificar as chances de haver registros a menor de casos da doença no Estado, citaram números de óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) de 2017 a 2020, categoria na qual está incluída a covid-19. 

Na comparação média dos três anos, com base no período compreendido entre janeiro e abril, houve, conforme os cálculos da universidade, alta de 648,61% nas mortes por SRAG no estado mineiro.

O infectologista do comitê da prefeitura de Belo Horizonte para o combate à covid-19, Unaí Tupinambás, afirma que existe a possibilidade de haver alta na circulação do vírus na cidade, principalmente por causa do fluxo de pessoas provenientes de municípios próximos às divisas do Estado com Rio de Janeiro e São Paulo – ambos registram números mais elevados de casos e mortes pela doença. 


“O isolamento no interior é aquém do necessário”, afirmou o especialista.

Como a doença não tem vacina, não têm remédio; os hospitais têm poucos recursos e poucas vagas; os estados e municípios perderam totalmente o controle da doença e o governo federal dá de ombros, qual a saída?


Deixar rolar? que ações podem ser feitas? 

Com a palavra, a sociedade.

Com informações do Estado de Minas 

Deixe um comentário