Marconi e PGE: Goiás ficou maior ou a vitória de José Eliton



“Hoje é um dia histórico para Goiás”- com essas palavras o governador Marconi Perillo comemorou a decisão unânime do Supremo Tribunal Federal em dar ganho de causa a Goiás em ação que resultou um aumento de mais de 42 mil hectares do território goiano, aumentando o nosso PIB em R$ 3 bilhões, produzindo anualmente R$ 120 milhões em grãos e  beneficiando os municípios de Posse, Campos Belos, Mambaí, Sítio D’Abadia, Campos Belos, Guarani e São Domingos(É  pena que José Décio Balduino de Araújo não esteja vivo para comemorar a vitória de sua luta).


É bom lembrar que a questão se arrasta, desde l920, conforme acordo entre os Estados de Goiás e Bahia, mas não cumprido por este. Há cerca de 30 anos, Goiás entrou com ação junto ao STF e o Exército Brasileiro foi chamado para dirimir a questão, demarcando no solo a área em litígio, discordando de laudo do IBGE que fixava os limites entre os dois Estados pelas bordas da Serra Geral ou das Divisas, enquanto o documento  falava em divisor de águas. 


O STF ficou com o laudo pericial do Exército Brasileiro que considerou a divisa a partir do divisor de águas dos rios São Francisco e Tocantins. O governo Marconi Perillo só entrou fundo na questão neste terceiro mandato. E isto ocorreu pela presença do vice-governador José Éliton, filho de Posse e que conhecia o litígio in loco e o quanto Goiás e a região precisavam dessa solução. 


Além de ter carta branca de Marconi, José Éliton contou com o pronto empenho do deputado Iso Moreira, filho de Mambaí e apoio jurídico na Procuradoria Geral do Estado(PGE) na pessoa do seu titular, o dr Alexandre Tocantins, e os dois afundaram o caminho de Brasília cobrando da Suprema corte sentença final para questão tão grave que envolvia interesses econômicos graúdos e conflito social intenso, pois até vidas foram ceifadas pela indefinição e dualidade de títulos fundiários expedidos pelos dois Estados, e chegou a ser iminente um choque armado entre as polícias dos dois estados. 


Até que no último dia 9, o relator da matéria, ministro Luiz Fux foi acompanhado pela unanimidade do pleno do STF, acatando a ação originária do Estado de Goiás, quando a PGE fez a sustentação oral, através do procurador Lucas Beviláqua. Uma vitória de Marconi, de José Éliton, de Isso Moreira, do dr Alexandre Tocantins, porque a vitória foi mesmo do Estado de Goiás.


Na quita-feira, o vice-governador José Éliton não comemorava só a vitória territorial de Goiás sobre a Bahia. Juntava-se a isto o seu empenho e desempenho no primeiro turno da eleição para o governo do Estado e presidente do Brasil.


Durante os três meses de campanha, ele ficou encarregado das regiões Nordeste e Entorno de  Brasília e foi justamente nessas duas regiões que Marconi e Aécio tiveram vitória mais acentuada, tendo votação em torno quase 60 por cento.


A maior vitória de José Éliton, no entanto, foi a maioria que o deputado Vilmar Rocha conseguiu nas cidades onde fez campanha, a partir de Posse, sua terra natal.


Na base governista, todos reconhecem que só mesmo José Éliton é capaz de acompanhar as pegadas de Marconi em uma campanha política, porque, os dois são atletas que não dormem e amanhecem na campanha, vivem e se alimentam de política e é por isto que as urnas são suas amigas e companheiras.


Sobre o assunto, José Éliton é taxativo: “Eu aprendi política com o governador Marconi Perillo, e para mim eleição é uma festa cívica que me atrai e me fascina. Tudo o que eu fizer por Goiás e pelo governador Marconi Perillo, ainda estou fazendo pouco, diante do que ele e o povo já fizeram por mim”.


Lá em Posse, Dona Mirtes, a mãe de José Éliton, tem lá suas razões de mãe para resmungar, uai! 


—”De três meses para cá, eu só vejo o Júnior em carroceria de camionetes, fazendo carreatas, assim mesmo pela televisão ou em fotos. Quando desce das camionetes é para subir em palanques pra falar discursos até ficar rouco”. 


E nesse segundo turno o filho ilustre de Posse promete trabalhar dobrado na campanha, porque esse é o seu destino inexorável. Depois do governador Marconi Perillo, José Éliton é o operário número dois da mais humana, democrática e memorável  de todas as campanhas.


Suado e tostado pelo sol ardente desses dias de outubro escaldante,  instado por jornalistas a comentar pesquisa Serpes desse domingo, onde a chapa Marconi/José Éliton abriam 20 pontos à frente de Iris, José Éliton saindo de carreata em Trindade, diz que quer mais: “Nós queremos e vamos buscar muito mais votos”.


E um do povo, motorista de um carrinho de picolé,    tirou lá sua conclusão: 


—”Esse rapaz aprendeu com Marconi. É também fominha do voto.”


Ps – A onda azul do tucanato está desbotando o vermelho do PT. E tão convicto da vitória, Aécio já convidou publicamente o ministro Joaquim Barbosa para ministro da Justiça. E consta que o “negão” aceitou. Sai da frente, PT, que atrás vem gente.


(Carlos Alberto Santa Cruz, jornalista)

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