Morre a primeira-dama de Dianópolis (TO)
Nota de Pesar da Prefeitura de Dianópolis
É com imenso pesar que a prefeitura de Dianópolis informa o falecimento da secretária de ação social e primeira Dama do município D. Coranilce G. M. Rodrigues ocorrido na tarde deste sábado, dia 1º de novembro.
Coranilce foi uma guerreira, que lutou com todas as suas forças e o quanto pode, não apenas pela sua vida nas últimas semanas em que esteve internada. D. Cora, como era carinhosamente chamada por seus amigos e familiares, lutou incansavelmente pelo seu povo, pela sua terra, pela cidade de Dianópolis.
A cidade recebe esta triste notícia consternada, mas a memória de D. Coranilce será para sempre lembrada, como paradigma de luta em favor do social, da justiça e da igualdade.
Neste momento triste nos inclinamos enlutados diante do nosso Pai Eterno, pedindo que conforte à todos os familiares e amigos.
Nosso sentimento é de profundo pesar. Mas o exemplo desta grande mulher guiará todos aqueles que lutam pela justiça social e pela paz.
Coranilce G. M. Rodrigues viveu, lutou, enfrentou a vida e acima de tudo, foi o alicerce político do prefeito Reges Melo.
Na administração dianopolina muitos diziam que ela era “A Dama de Ferro”, por sua determinação, prefiro dizer que era “Uma Mulher Valente”. Tenho certeza que ela viveu plenamente, da forma dela, o tempo que esteve conosco.
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Por Carlos Henrique Furtado
É difícil escrever alguma coisa sobre uma pessoa com quem pouco me relacionei, apenas socialmente, ou profissionalmente. Minha amizade é com o prefeito Reges Melo, com quem tive oportunidade de trabalhar como assessor de imprensa na Câmara Municipal de Dianópolis, na época em que Reges era o presidente.
Mas como eu, muitos sabiam da força e determinação que existia em D. Cora. E essa mesma força a fez com que lutasse bravamente por sua vida nos últimos dias. Internada no Hospital Osvaldo Cruz, em Palmas ela passou de um problema renal para uma pneumonia. Na UTI os médicos não tinham muito que fazer, era esperar o organismo reagir.
E reagiu. Ainda conseguiram realizar hemodiálise, para amenizar o problema renal, mas os pulmões tomados (80%) pela pneumonia a impediam de respirar. Mas Cora foi lutando. Até que na tarde de sábado, 1, por volta das 16h30 não aguentou mais e deixou a vida para seguir ao encontro de Deus.
Para falar de Vida, temos que obrigatoriamente falar de Morte. E ela (morte) não espera e nem quer negociar. Não obedece ao tempo e muito menos à consciência. Aparece quando menos esperamos e derrota toda a nossa esperança e fé na vida.
A morte entra de uma forma brutal na vida. Estraçalhando sonhos. É uma dor que não some, pelo contrário, consome cada momento bom da vida sem a menor piedade e muito menos sem pedir licença. É uma dor gigantesca, indescritível em palavras.
A saudade e impossibilidade de se conversar com a pessoa que faleceu, é devastadora para aquele que ficou. A dor de sua ausência reaparece a cada instante e cada vez mais forte. É impossível parar essa dor. Ela faz sangrar incessantemente a pessoa.
Mas a vida continua e só há uma forma, que eu acredito, que possa diminuir tamanha dor. É preciso lutar e receber o amor daqueles que ficaram. A amargura provocada pela morte precisa ser superada na medida do possível, e aos poucos, pela alegria e doçura da vida.
Como superar a perda de uma pessoa querida? Existe uma forma melhor de enfrentar a morte? Como continuar a viver sem a pessoa que era o motivo do nosso viver? A dor que sentimos quando perdemos alguém é a maior que podemos passar na vida. Não há nada mais doloroso do que isso.
Reges Melo tem dado exemplo de superação. Há pouco tempo perdeu uma filha, o genro e uma neta, em trágico acidente de trânsito. Vi de perto como a dor pode querer dilacerar o coração. Vi um véu escuro nos olhos do amigo Reges, e aos poucos lágrimas rompiam esse “véu”, e rolavam por seu rosto. Ouvi palavras de desilusão e abandono. Mas graças a Deus ele superou e seguiu em frente, afinal tinha a esposa (Cora) e dois filhos.
Agora mais uma vez a dor dilacerante atinge em cheio seu coração. A eterna companheira o deixou. Momento difícil para seguir em frente. Viver, trabalhar, administrar uma cidade. Mas que Reges siga o exemplo que D. Cora deixou. Luta. Ela foi incansável companheira. Determinada.
Não adianta fugir ou sufocar a dor. Só existe um caminho para superá-la: enfrentá-la com muita perseverança e força! A solidão assola o coração daquele que ficou e torna cada vez mais insuportável e dolorosa a sua vida.
Mas tenho certeza que o amor e a determinação com que D. Cora tinha por Dianópolis, será o bálsamo para o coração e a dor que Reges, e familiares, sentem nesse momento. E fará com que a família continue, e o prefeito faça muito mais por Dianópolis, em homenagem a sua eterna companheira.
Fica aqui as homenagens do amigo e jornalista Carlos Henrique Furtado. Que mesmo de longe (Palmas) sofre com o amigo. Mas acima de tudo acredita, mais uma vez, na superação que você (Reges) encontrará no fundo de teu sofrido coração, e no exemplo de vida e luta de Coranilce G. M. Rodrigues. Que ela descanse em Paz!