Marconi Perillo, o homem da camisa azul vem aí!

Por Walter Brito, jornalista,
Lula já se adiantou e disse aos quatro ventos, em alto e bom som, que vai mandar no segundo governo Dilma, muito mais que mandou no primeiro. O ex-metalúrgico deixa claro que, se não morrer antes da eleição de 2018, como, aliás, já foi previsto pelo numerólogo Walter Prado, ele disputará mais uma vez o Palácio do Planalto.
Lula já se adiantou e disse aos quatro ventos, em alto e bom som, que vai mandar no segundo governo Dilma, muito mais que mandou no primeiro. O ex-metalúrgico deixa claro que, se não morrer antes da eleição de 2018, como, aliás, já foi previsto pelo numerólogo Walter Prado, ele disputará mais uma vez o Palácio do Planalto.
Apesar dos muitos erros cometidos na campanha de Aécio, ele voltou hoje a Brasília para dar continuidade ao exercício de seu mandato no Senado. Sua volta dá sinais de que ele é, de fato, o todo poderoso líder da oposição e o natural candidato à presidência da República em 2018 pelo PSDB. Junto com ele, estão no páreo o senador José Serra e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ambos do ninho tucano.
Todos os três são fregueses do PT e foram derrotados pelos projetos sociais implementados no País com muita maestria pelo Partido dos Trabalhadores. Por meio de uma boa conversa, o trabalhador-mor, o Lula da Silva, conseguiu exportar os projetos sociais para o exterior. Talvez por isso, o petista que mal fala o português tenha feito mais sucesso lá fora que o poliglota Fernando Henrique Cardoso.
Aécio volta à cena, mas com a certeza de que errou feio em Minas, principalmente no que se refere à construção do Aeroporto de Cláudio; o rombo na saúde pública e a má aplicação dos recursos na Educação. Aí, ele perdeu a queda de braço para o PT, que espertamente aparelhou o sindicato dos professores, o mais poderoso do País.
É claro que todo governo, principalmente o que administra por dois ou mais mandatos, tende a ser centralizador e dono da razão. Vale lembrar que Aécio reinou absoluto durante oito anos em Minas, reelegeu seu sucessor e continuou mandando. Durante 12 anos, ele mandou e desmandou na mídia, por meio da força de suas empresas de comunicação.
O déficit nominal de R$ 8,9 bilhões, que comprometeu 20% da conta líquida do Estado, foi apenas um detalhe na decadência financeira de Minas Gerais, que tem a maior dívida do País. O lucro fácil dos acionistas da Cemig, cuja maioria é formada por tucanos, deixou o povo mineiro pagando a maior taxa de luz do Brasil.
É claro que a maioria dos mineiros não sabia disso. Enquanto isso, o neto de Tancredo surfava nos números das pesquisas do Ibope, Datafolha e Vox Populi, ao deixar o Palácio Tiradentes com 92% de aprovação popular.
Voltando ao passado, quando Eduardo Campos (PSB) se colocou como candidato ao Planalto, Lula disse que se fosse necessário mudaria novamente para Pernambuco com o propósito de derrotá-lo. Não precisou! O senhor destino fez sua parte e, no segundo turno, Lula jogou pesado no seu Estado natal e deu lá a maior vitória para Dilma. Atento aos números das pesquisas, o marqueteiro João Santana percebeu que a vitória poderia ser em Minas, onde Aécio se apresentava vulnerável.
Quando os mineiros ficaram cientes da realidade do Estado, por meio do confronto entre Aécio e Dilma na TV e no Rádio, o tucano despencou. O seu famoso “choque de gestão” mostrou-se frágil e ficou claro que Minas estava em maus lençóis. Foi aí que o barco tucano afundou pra valer, no primeiro e segundo turnos.
Como se vê, não será fácil Aécio enfrentar Lula em 2018 e muito menos o Serra e Alckmin, que não conseguem transpor as fronteiras de São Paulo.
O menino que aprendeu a colar propaganda na parede em Flores de Goiás e logo se tornou presidente do PMDB jovem pode ser o tertius entre Aécio e Serra ou entre Aécio e Alckmin em 2018. Logo ele que, no início de sua campanha em 1998, pensava que poderia no máximo obter 20% dos votos e se cacifar e ganhar um ministério de FHC, com a ajuda de Sérgio Mota.
Ao substituir o deputado Balestra que correu da raia, Marconi venceu quatro vezes, consecutivas, para governador e ganhou ao todo sete eleições em sua trajetória política. De 1998, quando venceu o governo pela primeira vez aos 35 anos de idade, para 2018, serão duas décadas. Os 20 anos que certamente consolidarão o sonho do povo goiano, tendo na presidência da República um dos seus. Claro, outros Balestras poderão cruzar pelo caminho do “Marconi Maluquinho”, retratado pelo cartunista Jorge Braga.
Os goianos dos quatro cantos do Estado se entusiasmam e esperam que o destino construa, em 2018, céu de brigadeiro e nuvens bem azuis que favoreçam o confronto entre Perillo e o seu mais ferrenho adversário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Entretanto, Marconi Perillo não poderá repetir Aécio, que cometeu erros irreparáveis em seu Estado natal.
Entretanto, Marconi Perillo não poderá repetir Aécio, que cometeu erros irreparáveis em seu Estado natal.
Nesse sentido, além dos erros ocorridos em Minas e a volta de Lula a Garanhuns, que são considerados fatores fundamentais para a vitória de Dilma; o desprezo de Aécio pelos dois milhões de afrodescendentes conscientes, que, embalados pela cota de 20% para a negritude nos concursos públicos, votaram na candidata do PT. Todos esses fatores farão Marconi repensar que “em Goiás existe a Comunidade Calunga”. A partir daí, Perillo poderá fazer o mais importante governo de nossa história. Que venham outros Balestras!
Fonte: Diário da Manhã