Economia : pouca chuva já causa preocupação a agricultores e setores produtivos em Goiás, Tocantins e Bahia
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Por Jefferson Victor,
Há cerca de 20 dias não chove de forma satisfatória nas regiões nordeste de Goiás, sudeste do Tocantins e oeste da Bahia.
E isto tem causado preocupação a agricultores dessas localidades.
A estiagem tem sido o principal tema dos encontros das classes produtivas. As lavouras estão sofrendo com a estiagem e isto pode comprometer a produção e a produtividade.
No sudeste do Tocantins algumas lavouras de milho já estão com as palhas amareladas, numa demonstração clara de que se não chover imediatamente, haverá grande perda da plantação.
Agricultores do gerais da Bahia também estão preocupados. Toda área disponível já foi plantada e necessita de chuvas para seu desenvolvimento.
Os Institutos Meteorológicos têm mostrado que não há regularidade de chuva em boa parte do território nacional. Prova disto é a região sudeste que não consegue recuperar os seus reservatórios.
O fato é preocupante. A falta de chuvas está causando racionamento e até mesmo falta de água em muitas cidades paulistas.
Algumas usinas hidrelétricas estão operando abaixo da capacidade em função do nível das represas, o que vem causando preocupação, já que todas as termoelétricas entraram em operação e estão encarecendo a conta para o consumidor final.
Com a chegada do verão, intensifica-se a onda de calor e um número maior de ventiladores e ar refrigerados entram em operação, exigindo-se maior produção de energia.
O crescimento da economia está atrelado a um maior gasto de energia, e apesar do governo negar, nada assegura que não possa haver uma crise no setor energético e uma estagnação do crescimento do PIB.
A falta de chuvas atinge todos os setores e a consequência é uma queda na qualidade de vida das pessoas, principalmente com a alta no preço de produtos e serviços que alimentam a inflação e consequentemente uma alta nas taxas de juros como antidoto inflacionário.
O quadro atual é desolador.
A falta de investimento por parte do governo agrava o quadro. É inadmissível que São Paulo, a maior economia do país, passe por tamanho percalço.
Segundo analistas, o estado precisará de cerca de 5 anos para recomposição de suas reservas e nesse tempo população vai sofrer com a falta de água.
A água é o combustível que move a vida. A Constituição brasileira assegura este direito ao ser humano e não adianta ficar achando culpado para a crise. O governo federal tem que intensificar os investimentos.
Atribuir a culpa só ao governo estadual não justifica. Todos são responsáveis e as necessidades humanas independem de partidarismo.
Que venham as chuvas e com elas a perspectiva de dias melhores com mesa farta e melhor qualidade de vida ao povo brasileiro.