Terrorismo no ocidente: quem desencadeou tanto ódio pelo mundo?

Por Jefferson Victor,
Entender as razões que levam um extremista a praticar atos terroristas, mexe com a imaginação das pessoas e requer um pouco mais de conhecimento sobre os conflitos mundiais, seus motivos e principalmente quem está direta ou indiretamente envolvido.
O epicentro de tudo isto está localizado no Oriente Médio, mais precisamente na região da terra santa, local onde está o estopim pronto para explodir a qualquer momento.
O conflito entre Israel e a Palestina em torno de fronteiras já custou a vida de milhares de pessoas. É uma briga desigual, comparada a Davi e Golias, uma passagem bíblica.
Israel possui hoje uma das mais sofisticadas estruturas militares, e possui um dos exércitos mais bem treinados do mundo. Além disto, tem como seu principal aliado os EUA a maior potência do planeta.
Os palestinos são desprovidos de tecnologia, sua principal arma é a coragem de enfrentamento, e o símbolo de sua luta é o arremesso de pedras sobre tropas de Israel, seu principal inimigo.
Nenhuma guerra é tão desproporcional. Os mísseis utilizados pelos palestinos nem sequer conseguem atingir cidades de fronteiras, e são facilmente interceptados e destruídos sem provocar vítimas do outro lado.
A resposta israelense é sempre com aviões bombardeiros de última geração lançando bombas de alto poder destrutivo , atingindo a população civil em massa, causando um verdadeiro genocídio.
Recentemente um adolescente israelense foi morto por palestinos, e como represália, Israel lançou por semanas pesados ataques, provocando centenas de mortes , inclusive dezenas de crianças perderam a vida sem terem nenhuma participação na discórdia.
Os EUA, parceiro de Israel, e um dos principais fornecedores de material bélico, e sempre apoiou as intervenções israelenses e isto desencadeou o ódio dos fundamentalistas que, em um ato de desespero , dão a própria vida com o intuito de chamar a atenção do mundo para o extermínio existente na região.
O número de vítimas do atentado de 11 de setembro e outros de menores intensidade são contabilizados pela ONU, provavelmente a entidade possui todos registros em seus arquivos, uma forma de justificar os ataques arquitetados pelo americanos com parceria da França, Inglaterra e outros aliados O número de palestinos mortos não entram nas estatísticas.
Quando há ofensiva de Israel sobre os palestinos, jornalista são mantidos a distancia, e o número de vítimas apresentados pelas organizações humanitárias são sempre contestados.
Praticamente todos conflitos mundiais tem sempre o dedo do EUA. Atuam diretamente seja com fornecimento de armas ou com envio de tropas, a exemplo do Iraque, onde deixou um rastro de destruição e a um custo que chegou a afetar a economia interna do país.
Nada justifica o terrorismo, porém conter o gemido enquanto outro sente dor é fácil, os ataques no ocidente causam comoção e revolta . Na palestina, Iraque, Afeganistão, as mortes de civis são tratadas com indiferença.
A ONU não cumpre o seu papel, as reuniões em busca de uma conciliação são meras formalidades, ela não impõe freios aos EUA, o qual age livremente, passa por cima da entidade como se fosse um trator desgovernado.
O terrorismo é condenável, por mais que seja comum aos grupos extremistas. Aos olhos da humanidade é repugnante e inaceitável, porém foi a forma que esta minoria encontrou de chamar atenção do mundo para os graves problemas sociais pelo qual passam.
Quanto ao ataque à França, era uma questão de tempo, o serviço de inteligência norte americano já havia alertado vários de seus parceiros sobre a possibilidade de ataques.
Quanto a escolha do alvo, segundo manchete do fantástico que será exibida domingo (11), os cartunistas desencadearam ódio religioso ao ironizarem Maomé, foi uma espécie de desafio, um erro, outros jornalistas e escritores já foram caçados por ofensas da mesma natureza.
O mundo está em alerta, o terrorismo cresce e é uma ameaça real, e por mais que as nações tentem proteger seus cidadãos, o fator surpresa é o grande aliado dessas organizações.