Quebradeira: funcionários da MBAC farão protesto contra a empresa na próxima segunda-feira. A fábrica parou e salários estão atrasados há 21 dias
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Funcionários da empresa mineradora MBAC, que atua em Arraias (TO) e Campos Belos (GO), vão fazer uma grande manifestação na próxima segunda-feira, às 13h.
O ponto de encontro para o início das manifestações será no Centro Olímpico do Setor Cruzeiro, em Campos Belos.
Eles querem chamar a atenção, primeiramente da empresa, e depois dos órgãos públicos para a situação calamitosa que passam todos os funcionários da empresa MBAC, na região no nordeste de Goiás e sudeste do Tocantins.
São cerca de 370 funcionários, que estão sem receber pagamento desde o mês de fevereiro.
Neste sábado, completa-se 21 dias de atraso. Muitos deles são de outras cidades do Brasil e sem dinheiro, começam a passar até necessidade.
As contas de luz, água e aluguel de imóveis estão em atraso e o que é pior, muitos estão sem dinheiro até para comprar alimentos.
Além do atraso no pagamento, segundo um funcionário que pediu para não ser identificado, a empresa não recolhe o FGTS há cinco meses.
O plano de saúde também foi cortado, porque a MBAC não paga a operadora há cinco meses.
Todos os funcionários estão em casa, sem nada fazer e a empresa paralisou 100% de suas atividades.
A Celtins, empresa de energia do Tocantins, inclusive já cortou a energia que fornecia à planta da fábrica.
A quebradeira é geral. Todas as empresas terceirizadas reincidiram contrato.
A última era a empresa de ônibus que realizava o transporte dos funcionários da fábrica para as cidades. O empresário suspendeu as viagens por falta de pagamento.
Na manifestação da próxima segunda-feira, os funcionários prometem pedir pelos salários atrasados, pagamento do FGTS, do Plano de Saúde e até mesmo a demissão de todos, para que oficialmente se desliguem da empresa e possam retomar as suas vidas em outras cidades e em outras empresas.
É o momento também para que os órgãos públicos de Arraias e Campos Belos se unam em defesa dos funcionários da MBAC, que é a parte mais fraca da história.
Afinal, muitos ganharam na época da “vaca gorda” e agora não podem virar as costas.
O apoio aos funcionários da MBAC é uma obrigação moral também por parte de vários atores, nas duas cidades.