Série de reportagens: Em Alto Paraíso de Goiás, natureza e espiritualidade atraem turistas do mundo inteiro

Por Jefferson Victor, 


Localizada no nordeste goiano, a 230 km de Brasília, Alto Paraíso é considerada o coração da terra e recebe turistas do mundo inteiro, atraídos pela diversidade cultural em meio à natureza que revela exuberantes cenários que são dignos dos mais belos cartões postais do planeta.


Considerada o santuário goiano do misticismo, esoterismo e espiritualismo, Alto Paraíso se tornou o principal polo turístico da região.


Seus moradores são contemplados com a visitação de turistas de todas localidades, incluindo-se ai personalidades famosas da política e do meio artístico, com destaque para vários artistas globais.


O município abriga o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, com uma área de 60 mil hectares, onde a fauna e a flora são preservadas, isso devido à intensa fiscalização.


Na reserva é proibido acampamento e os visitantes só entram acompanhados de guias e são submetidos a determinadas normas, para que nada seja alterado em função do turismo.


Alto Paraíso possui centenas de atrações como cachoeiras, vales, serras e fazendas onde o acesso se dá por automóvel até determinados pontos, sendo os percursos concluídos através de caminhadas por trilhas que levam a lugares encantadores.


A cidade é provida de uma grande rede hotéis e pousadas que disponibilizam mais de 3.500 leitos, algumas luxuosas comparadas às unidades dos grandes centros.


Além disto, possui áreas de camping para os adeptos da modalidade.


O distrito de São Jorge é um dos destinos mais procurados, já que é a porta de entrada para Chapada e possui uma infraestrutura adequada para atender a população flutuante inclusive em feriados prolongados e períodos de férias.


Como se pode notar, a principal atividade econômica do município é o ecoturismo que movimenta a economia local, com isso há grandes oportunidades de emprego e renda, o que influencia diretamente na qualidade de vida da população local.


Em 1981, foi implantado no município o Plano de Desenvolvimento Integrado, destinado a transformar a Chapada dos Veadeiros em polo turístico e de produção e industrialização de frutas.


Para tanto, foram construídos o aeroporto, o prédio da prefeitura e outras obras que faziam parte do projeto, dentre elas casas populares.


Com a morte do filho do governador Ari Valadão, o qual era o executor das instalações, as obras foram temporariamente paralisadas e com a transição política, o empreendimento foi definitivamente interrompido, gerando-se desta forma prejuízos ao erário, além de tirar a oportunidade de desenvolvimento de toda região, a exemplo do que aconteceu em Combinado, até então Goiás, com a cassação de Mauro Borges Teixeira em 1964.


A interrupção deste importante projeto é sempre tema de discussões em períodos eleitorais.


O governador que assumiu na ocasião não assume a responsabilidade do fato. Prefere atribuir o insucesso ao seu antecessor, sob pretexto que não indenizou os antigos proprietário das áreas desapropriadas e que foi a justiça que interditou as obras.


De quem é a culpa não vem ao caso, o que se questiona é o prejuízo que esse ato causou para toda região.


A interrupção foi uma infeliz decisão que interferiu diretamente na economia dessas localidades.


Isto mostra que os representantes políticos da época não tiveram compromisso com o nordeste goiano e sempre souberam que os chamados engodos eleitorais funcionam e garantem os futuros mandatos.


Enquanto o eleitor se predispuser a ser enganado seguindo orientações coronelistas, ou o voto por achismo, projetos importantes como esse serão sempre abortados.


E claro, a região que se auto denomina corredor da esperança, continuará a amargar o fatídico título de corredor da miséria, denominação esta que certamente agrada a alguns seguimentos na repugnante política.


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