Audiência pública entre Justiça, MBAC e trabalhadores ocorreu hoje em Arraias (TO). Bens da empresa serão leiloados
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Por Carlos Alencar, do A1 Notícias
Aconteceu hoje a tarde no prédio da Câmara Municipal de Arraias, mais uma audiência pública entre a justiça e a MBAC Fertilizantes e os trabalhadores que foram dispensados sem qualquer justificativa plausível.
Essa foi a principal defesa feita pelo Ministério Público ao explicar quais são os motivos da Ação Civil Pública contra a empresa em decorrência de todos os danos causados aos trabalhadores que se quer tiveram seus exames de demissão feitos por parte da empresa.
A reunião não foi da forma que todos esperavam, isso porque de acordo com a Ministério Público, ainda não se pode afirmar que todos os direitos trabalhistas usurpados dos trabalhadores serão pagos em um curto espaço de tempo.
Sobre isso, afirmou a Justiça de que o valor de dois milhões e meio que estão bloqueados de uma conta de um ex-administrador da empresa não foi, pelo menos por enquanto, disponibilizados para o pagamento de todos os direitos trabalhista dos trabalhadores.
O que se pode esperar é que a Justiça está fazendo o possível para amenizar as perdas dos trabalhadores, assim está bloqueado tudo os bens que foram descobertos em nome da empresa, que é gerida por quatro bancos e não por uma pessoa.
Dessa forma, haverá já no dia 30 de junho, na cidade de Campos Belos Goiás, o leilão de todas as máquinas que a Justiça conseguiu apreender, de onde será tirado o recurso para pagar os direitos dos trabalhadores.
Também serão leiloados, em breve, parte dos terrenos que são de propriedade da empresa no município de Arraias (TO) para que os pagamentos sejam feitos o quanto antes.
Ainda em relação ao recurso bloqueado na conta de um ex-administrador, os dois milhões e meio de reais só serão usados para a quitação da dívida da mesma com a anuência do mesmo, isso foi com o que se comprometeu o advogado da empresa.
O advogado afirmou ainda que a empresa está sem condições financeiras para qualquer tipo de gasto e que ela está sendo vendida.
Mas ainda não há nada concreto. Disse também que trabalha para que a situação seja resolvida o quanto antes, colaborando com o Ministério Público para que a situação seja resolvida logo.
Sobre os exames demissionais, foi firmado um acordo a pedido do Ministério Público para que dentro de um prazo de 60 dias a empresa providencie os exames para os trabalhadores.
Aceitando ainda que se por necessidade os trabalhadores precisarem realizar o exame antes desse prazo, que o faça por conta própria e entregue os recibos a federação para que o valor seja cobrado dentro do processo.
De todo modo, as audiências continuaram acontecendo nos próximos três dias no prédio do cartório eleitoral.
Essas audiências são de forma individualizada, diferentemente da que aconteceu hoje, que era coletiva.
O que ficou claro para quem estava presente na reunião foi a de que o Ministério Público, os advogados de defesa dos trabalhadores e órgãos de defesa de seus direitos estão buscando incansavelmente a solução para o problema ocasionado pela empresa quando a mesma resolveu mandar todos os trabalhadores na rua sem os processos normais e legais da despensa.