Assassino da motosserra pode ir para regime semiaberto nesta quarta (22)
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O ex-deputado Hildebrando Pascoal, preso desde 2003 no Acre, pode ganhar liberdade a partir desta quarta-feira (22) e passar a cumprir suas penas, que chegam a mais de 100 anos, em regime semiaberto.
O ex-parlamentar, que era coronel da Polícia Militar, foi condenado por diversos tipos de crime, principalmente de homicídio.
Ele foi acusado de matar várias pessoas de forma violenta e com requintes de crueldade, como a de um homem que teve o corpo esquartejado por motosserra.
Segundo o TJAC (Tribunal de Justiça do Acre), nesta quarta-feira completa o período de progressão da pena de Pascoal. O “Homem da Motosserra”, como ficou conhecido por causa do bárbaro crime, já cumpriu um terço de sua condenação, o que o habilita a cumprir o restante da pena no regime semiaberto.
Porém, a liberdade do ex-deputado e ex-coronel da PM do Acre poderá ser inviabilizada caso o Ministério Público interceda com alguma justificativa para desqualificar a aplicação da medida.
A decisão de liberar Pascoal é da juíza da Vara de Execuções Penais, Luana Campos, que não comentará a decisão até que ela seja aplicada ou não.
A assessoria do TJAC informou que a magistrada está cumprindo a legislação e, mesmo que o ex-deputado tenha outros seis processos, a progressão valerá para todos eles.
Além disso, o ex-coronel tem bom comportamento e não teve intrigas com os demais presos, entre outros requisitos.
Aos 63 anos, Hildebrando Pascoal cuida da biblioteca do presídio Antônio Amaro, mais conhecido como Papudinha, em Rio Branco.
A aparência debilitada do ex-deputado mostra um homem bem mais velho e não lembra nem um pouco o coronel que reinava no Acre, nas décadas de 1980 e 1990, até quando foi eleito deputado estadual e depois para a Câmara, em 1998. Ele foi cassado em 1999 e preso logo em seguida pela Polícia Federal.
Em 1995, o CDDPH (Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana) do Ministério da Justiça, então comandado pelo hoje senador Renan Calheiros (PMDB-AL), começou suas primeiras investigações sobre a morte do mecânico Agilson Firmino dos Santos e de seu filho adolescente.
Ele foi assassinado de forma cruel e teve o corpo esquartejado, sendo que alguns pedaços foram jogados nas ruas de Rio Branco. Baiano, como a vítima era conhecida, teria dado fuga para um homem que havia matado o irmão de Pascoal.