Mineração e engenharia estão entre as profissões em baixa para 2015
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Profissionais do setor de mineração e de engenharia estão entre as áreas com baixa demanda para o mercado de trabalho este ano, segundo levantamentos de grandes consultorias de recrutamento.
Outras áreas que perderam mercado são as de desenvolvimento organizacional, gerenciamento, marketing e o setor imobiliário.
“Há bem pouco tempo, engenheiros estavam sendo disputados. Tanto os especializados em petróleo, como os civis, os navais e os do segmento de mineração.
Mas, o fato do mercado não absorver temporariamente, não significa que a profissão perdeu valor”, disse Jacqueline Resch, sócia-diretora da Resch Recursos Humanos.
O profissional de mineração, que trabalha nas diversas fases da atividade, da extração de matérias-primas à logística para vender os minérios, aparece como carreira em baixa, uma vez que as oportunidades na área estão mais escassas devido a crise no setor de minerário no Brasil.
Os principais motivos são a alta do dólar, a queda no preço das commodities, como ferro e aço, e o impacto da concorrência da China, de acordo com avaliação de Rodrigo Maranini, da empresa de recrutamento Talenses.
Engenheiros civis, de produção, de vendas e engenheiros navais e de petróleo, são algumas das profissões ligadas a área da engenharia que também são listadas em baixa para este ano.
Em relação a engenharia civil, Jacqueline afirma que o setor da construção e o mercado imobiliário estão sendo fortemente afetados pela situação econômica, e que assim, a oferta de mão de obra está maior do que a demanda no momento.
Analistas e coordenadores de qualidade, saúde, segurança e meio ambiente (QSSMA), profissionais que acompanham os projetos da empresa, é uma profissão que está em baixa, pois ela cresce à medida que a produção das empresas aumenta.
Segundo Marcelo Peixoto, da Hub Talent, todas as grandes e médias empresas atualmente são reguladas em cada uma dessas áreas e necessitam de equipe para monitorar a produção. “Quando a produção cai, a demanda por estas áreas, consequentemente, cai também”, disse.
Os gerentes de projetos também aparecem listados como profissão em baixa, visto que o atual cenário econômico leva ao congelamento de projetos e, de acordo com Anna Melo, gerente da Randstad Professionals, isso faz com que os trabalhadores da área sejam realocados quando terminam um projeto, o que não gera abertura para a entrada de novos profissionais.
Já o profissional da área de relacionamento com investidores, que trabalha como um canal direto entre a empresa e os acionistas, investidores, analistas e toda a comunidade financeira, aparece em baixa devido a atual crise e menor movimento de abertura de capitais que enfraquecem a demanda, com apenas movimentos de reposição de profissionais, segundo Peixoto.
Com informações da revista Exame