Polícia analisa se foice foi usada para matar prefeito e a mulher
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A Polícia Civil analisa se uma foice foi utilizada para matar o prefeito da cidade de Matrinchã, Daniel Antônio de Souza (PTB), de 50 anos, e da mulher dele, Elizeth Bruno de Barros, 40, na chácara onde eles viviam.
O material será levado para a perícia ainda nesta quarta-feira (5), informou o delegado Kleber Toledo, titular da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), que assumiu o caso, em Goiânia.
“A gente encontrou a foice cravada em uma árvore e trouxemos para cá [capital]. Vamos encaminhá-la ao Instituto de Criminalística (IC) para saber se esse objeto pode ter sido utilizado no fato. Somente um exame feito por eles poderá dizer se existem vestígios de sangue na ferramenta”, disse.
Além da foice, a polícia também recolheu papéis e documentos na chácara e no gabinete do prefeito. Esse material também será encaminhado para análise.
Toledo afirmou que “não descarta nenhuma possibilidade” e investiga se o crime estaria relacionado a questões como problemas políticos e pessoais, dívidas contraídas pelo político ou até mesmo latrocínio, apesar de nenhum objeto ter sido roubado do local.
No município, localizado no noroeste goiano, foram ouvidas informalmente cerca de 15 pessoas. O delegado explicou que não vai dar mais detalhes da investigação para não prejudicá-la.
A família do casal estava inconsolável. Segundo o irmão de Daniel, Cornélio de Souza, eles estavam ansiosos para encontrar as vítimas na festa de aniversário do gestor municipal, que estava marcada para o próximo sábado (8). “Agora não tem mais, acabou. É inacreditável. Eles eram muito queridos”, disse ao G1.
Dinâmica do crime
O investigador confirmou que as duas vítimas não foram atingidas por disparos de arma de fogo. Os dois também foram agredidos na cabeça por um objeto contundente e tiveram os pescoços cortados.
Ele explica que no dia do crime, no período da tarde, Elizeth havia ido a um supermercado e depois foi a uma reunião com o esposo. Eles voltaram para casa e eram aguardados para um novo encontro.
“As vítimas encontravam-se sozinha no momento do fato, na área externa da casa e foram abordadas pelo autor ou autores, subjulgadas e agredidas até a morte. Depois, foram arrastados para o interior da residência”, detalha.
Havia manchas e rastro de sangue que levava para os cômodos onde os corpos foram encontrados: ele no quarto do casal e ela em outro quarto. O veículo deles estava destrancado e as compras feitas no supermercado ainda estavam no porta-malas.
Velório
Os dois corpos são velados na Igreja Matriz de Matrinchã. Familiares, amigos e políticos prestam as últimas homenagens ao casal. De acordo com a assessoria da prefeitura, mais de mil pessoas, entre amigos, parentes e moradores da cidade, passaram pela igreja desde o início do velório, às 8h.
Para organizar a visitação, uma barreira de isolamento foi montada. Em filas, os populares entram na igreja e passam pelos caixões. Tendas foram colocadas do lado de fora da igreja para acolher a população.
O sepultamento está previsto para as 16h, no Cemitério Municipal.
Fonte e texto: G1 Goiás
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