Comunidade Kalunga de Cavalcante espera atendimento da Defensoria de Goiás

Por Evônio Madureira, 


A Comunidade Quilombo Kalunga de Cavalcante (GO) espera pelas execuções das ações que foram planejadas pela Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) nos dias 28 e 29 de maio deste ano no município. 


Segundo informação da Secretaria de Comunicação da Defensoria Pública, seriam planejadas ações continuadas para o para o atendimento às famílias, naquilo que compete à Defensoria realizar, especialmente aquelas em que foram denunciados casos de abuso sexualidade de crianças e adolescentes. 


Os dados foram levantados pelos defensores da área da Infância e Juventude Tiago Gregório Fernandes e Fernanda da Silva Rodrigues Fernandes. A visita em Cavalcante integrou o Programa Ação Cidadã, em parceria com a Secretaria Cidadã. 


Até agora não se vê efetivamente nenhuma ação que esteja beneficiando coletivamente as comunidades quilombolas kalungas dos três municípios considerados os mais pobres de Goiás, Cavalcante, Teresina e Monte Alegre de Goiás, com uma população de mais de 8 mil Quilombolas, considerado  o maior Quilombo do Brasil.


A ação havia sido anunciada em abril deste ano, durante reunião, na sede Administrativa da DPE-GO, com o ouvidor nacional da Secretaria de Políticas de Promoção de Igualdade Racial da Presidência da República (Seppir), Carlos Alberto Júnior; a representante da Secretaria Nacional dos Direitos Humanos Sueli Vieira; e representantes da Fundação Cultural Palmares (FCP/MinC). 
Denúncias


O ouvidor nacional da (Seppi), Carlos Alberto Júnior, apontou três problemas no local que são emergenciais. O primeiro a questão do abuso sexual contra as crianças e adolescentes e a subnotificação dos casos. O segundo, a gravidez precoce de adolescentes de pais desconhecidos. 


“De 57 casos de nascimentos registrados, recentemente, somente sete têm pais identificados”, informou.


Os defensores da área da Infância e Juventude já haviam feito um primeiro contato com a comunidade Kalunga. 


Entre ações que competem à Defensoria estão o registro de nascimento, reconhecimento de paternidade, ações de pensões alimentícias e averiguação de existência ou não de trabalho infantil doméstico. 


“É necessário o diagnóstico para montar uma força-tarefa com mais defensores e fazer um atendimento concentrado à toda comunidade, naquilo que cabe à defensoria pública estadual”, completam os defensores.


Com informações da DPE-GO

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